quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O MUNDO AUTOMÁTICO OU UM TEATRO SEM AUTOR: O CAPITALISMO – A obra mestra de Marx: O CAPITAL -- Parte I (capítulo VI de Marx para apressados. Eds. ALVA – Brasília 2006.



                           
Robert Misik *

Tradução: Frank Svensson


Nova Economia e loucura bursátil; Dax e Dow Jones; mercados financeiros e economia real; inovação e produção; economia de mercado e lógica de rede; mobilidade do capital e divisão mundial do trabalho; comercialização de serviços, de matéria primas e de esperanças; multinacionais, investimentos diretos e alianças estratégicas; malhas complexas e estouro de bolhas; desregula-mentacão e intervenção do Estado; Toyotismo e Sillicon Valley; corporativismo e nova autonomia. Se procurássemos enumerar os termos pertencentes à língua franca da mídia econômica, nossa cabeça iria rapidamente explodir. A lista infinda dos neologismos não indica só o caráter exaltado dos escoteiros da tendência de querer dar um nome novo a tudo, mas ainda, que nosso capitalismo contemporâneo constitui uma estrutura misteriosa, em permanente e rápida transformação cuja dinâmica obedece a leis muito ocultas, difíceis de atingir.

Como funciona esse capitalismo? Questão posta com mais e mais frequência, provavelmente porque todos os belos sonhos de uma economia sem crise inventada nos anos 90, por expertos sérios da ciência econômica, foram seguidos de uma depressão geral. Em 2002, a economia mundial caiu num período de fraqueza. Reina também o pânico geral, principalmente porque as causas da crise ameaçam encontrar um nome tendo em conta que tudo está ligado: a psicologia, aos investimentos, à esperança de ganhos, ao estado dos estoques, às correntes migratórias, às crises comerciais, ao terrorismo mundial, às economias regionais.

São infindos encadeamentos de condições que se entendem: à Nova York terroristas kamikazes se arrebentam contra dois edifícios e as Bolsas se afundam, porque os assalariados norte-americanos, tomados de angustia quanto ao amanhã, reduzem seu consumo e, além disso, tiram seu dinheiro dos fundos de pensão, que, de todos os modos, não podem mais manter suas promessas de lucro; donde o dever, para os bancos alemães, de liberar seus corretores nas bolsas - o que só depende em parte da correção do euro face ao dólar. Eis o que, por sua vez, favorece o encarecimento das exportações da indústria europeia para os Estados Unidos e o aprofundamento da crise conjuntural.

As empresas produzindo menos são obrigadas de suprimir empregos; consequente-mente anunciam muito menos oportunidades de emprego nos grandes jornais, donde o licenciamento de jornalistas do Frankfurter Rundschau, da FAZ, e da Neue Zürcher Zeitung. Os artigos de seus colegas tornam-se pessimistas, o que não melhora o clima dos investimentos. Liga-se a isso outras 36 000 razões econômicas e não econômicas das quais não podemos nos ocupar aqui. Entendido? Senão podemos formular isso de outro modo: quando um saco de arroz é esvaziado na China, o Senhor Chose de Trifoullis-les-Oies deve trabalhar um mês para encher o vazio nas caixas de aposentadoria publicas. Que insondável mistério envolve a coerência de um sistema oriundo da combinação de inúmeras racionalidades parciais, de interações laterais, diagonais e antagônicas, de inter-relações para imbricar uma serrada malha, dotada de uma lógica própria na qual se interpenetram os assuntos.

Em 1935, Brecht descreve esse tipo de situação: Para uma certa peça de teatro, tive necessidade como pano de fundo a Bolsa de Cereais de Chicago: eu pensei graças a algumas perguntas a especialistas e práticos poder obter rapidamente os conhecimentos necessários. Mas a coisa virou noutro sentido. Ninguém, nem certos economistas conhecidos, nem os homens de negócios (eu procurei de Berlim à Viena um corretor que trabalhara toda sua vida na bolsa de Chicago) ninguém pode me explicar suficientemente os mecanismos da Bolsa dos cereais. Fiquei com a impressão de que esses mecanismos eram simplesmente inexplicáveis, o que quer dizer ainda que são despropositados. A maneira como os cereais de todo o mundo eram repartidos era simplesmente inconcebível. Não importa de que ponto de vista diferente do de um punhado de especuladores, esse mercado de cereais era um enorme pântano. O drama projetado não foi escrito. Ao invés disso eu comecei a ler Marx... (Notas autobiográficas. Paris, l'Arche, 1978 p. 185).

Brecht diz em sua peça Santa Joana dos Abatedores:

Nul ne peut rien contre les crises! Juste au-dessus de nous, destins inéluctables, Plannent ces inconues, les lois économiques. Les crises sont des catastrophes naturelles Dont un cycle effroyable ordonne le retour.

A economia humana constrói e destrói, cria a riqueza e a miséria, ela é sutil, duma lógica rigorosa e, no entanto maldizente. Ela engloba a sociedade mundial dividindo-a, ela despedaça as comunidades e mesmo os indivíduos. O que o princípio da rentabilidade é capaz de produzir como racionalidade absurda e, ao mesmo tempo estupefaciente, pode-se demonstrar de forma exemplar com os fundos de pensão recentemente vindos da América do Norte, conquistando o mundo inteiro. Quando, por exemplo, um operário de siderurgia cotiza um fundo de pensão, que transmite seus depósitos a um fundo de investimento, o qual, por sua vez, adquire partes da usina siderúrgica e impõe, uma supressão de empregos visando aumentar a rentabilidade, não o faz no interesse financeiro desse operário de se licenciar a si mesmo na sua qualidade de futuro aposentado? Esse capitalismo que empreendeu sua marcha triunfal e quase implacável em torno do mundo é, no entanto recheado de paradoxos; estável e sólido, é também precário, passível de perturbações e capaz de cambalhotas e piruetas. Como ao mikado basta pender com mais força numa parte da estrutura, para perturbar-lhe o equilíbrio. O que aconteceria se nosso operário siderúrgico se unisse a outros, possuidores eles também, de partes do mesmo fundo de pensão e, se, juntos, ordenassem aos administradores de capital de não se ater tão rigidamente ao princípio da rentabilidade? Pois bem, ele não será mais feliz por isso, pois nada mais fará que desencadear uma dinâmica desenfreada de destruição do capital.

Se sua fábrica deixar de racionalizar, ela será rapidamente arrasada pela concorrência capitalista, ele mesmo verá seu emprego fortemente ameaçado e suas economias perderão rapidamente a metade de seu valor - no melhor dos casos. Vemos, conseqüentemente, que as relações capitalistas submetem todo mundo a suas tácitas condições: os assalariados tanto quanto os detentores do capital, os grandes como os pequenos. O que vale para o mundo estritamente econômico vale também para a estrutura social de forma geral.

Seria muito simplista imaginar sociedades modernas duais com classes superiores dominantes e classes inferiores impotentes. Desde o estruturalismo de um Michel Foucault, mais de esquerda, à teoria sistêmica atual acomodada na ordem estabelecida, o conjunto da sociologia moderna tem em conta essa situação. Se, para os primeiros, o poder e antes de tudo uma malha cujos nós encontram-se eles mesmos em prejuízo com relação a outros nós do poder, para os segundos a intervenção dos sujeitos num sistema tão sutilmente construído não é mais nem pensável nem viável - mesmo para os mais poderosos.

A melhor coisa que a política seja ainda capaz nessa perspectiva e de bajular sem principio, de evitar o pior, pensa o sociólogo alemão recentemente falecido Niklas Luhmann, (Die Politik der Gesellschaft - Frankfurt- /Main, 2002), pois toda intervenção no desenvolvimento autônomo do sistema provocará um sem número de consequências imprevistas, que seriam, por sua vez, a origem de novas problemas. Uma intervenção racional na lógica dessa sofisticada rede não seria, portanto possível, a não ser que a sistema politico -- ou seja, a casta dos governantes profissionais -- tivesse em conta mais dados ambientais que os disponíveis  Como isso ha muito tempo não é possível, o poder dos poderosos se choca com a tenacidade do sistema. Então é preferível que não se toquem para não ficar pior - o que vale por mais forte razão também quanto ao poder dos fracos.

Paradoxalmente, esta ciência social deve muito a Marx - mesmo que este tenha sobremaneira em seu coração os pobres. Se nos consagrarmos agora as analises econômicas que dominam a obra madura de Marx - sem esquecer que se trata então de um homem entre os trinta e os quarenta anos - lembrando como Marx se tornou economista. 0 objeto de meus estudos especializados era a _jurisprudência a qual, rio entanto, eu não me dediquei a não ser coma a uma disciplina subalterna, ao lado do filosofia e da história, escreveu ele em seu celebre prefacio da Contribuição a Critica da Economia Politica (p. 3), publicada em 1859 -- analise relativamente longa das teorias econômicas existentes que serviu de estudo preliminar a 0 Capital.

Em 1842-43 em minha qualidade de redator da Reinische Zeitung, encontrei-me pela primeira vez, na obrigação embaraçosa de dar minha opinião quanto aquilo que denominamos interesses materiais. As deliberações do Lantag renano sobre furtos de madeira e a divisão da propriedade fundiária.  Enfim os debates sobre a livre troca e o protecionismo forneceram-me os primeiros motivos para ocupar-me de questões econômicas. Marx visava a economia como filósofo e como vimos nos Manuscritos de 1844, concebia o universo capitalista como um mundo de coisas criadas pelos homens, um mundo alienado percebido pelos homens como potencia estrangeira. Quando ele observava a situação economica, sua interrogação não era para cron. a abstração hermética das condições econômicas, mas recuado, como que de um passo. A questão por ele posta geralmente era mais do gênero: quais ações humanas estão na origem dessa forca das coisas? Marx conservará esse método mesmo quando, obedecendo ao espirito do século, tentará analisar as leis do capitalismo numa perspectiva estritamente cientifica.

Numa época em que o público estava fascinado pelo progresso da pesquisa em física e em química, adotar uma atitude rigorosamente cientifica, significava orientar-se aos métodos das ciências naturais. Marx não podia se subtrair à ação desse espirito do século, contaminando seu pensamento aqui e acolá, por incrustações positivistas e naturalistas, escreve Gramsci (p. 47). Como nós veremos mais adiante, são as extrapolações positivas desse gênero que ocasionaram a maior parte dos erros e más interpretações que contem 0 Capital. Portanto, Marx sabia bem que era impossível submeter a analise da sociedade capitalista aos métodos das ciências naturais. Além do mais a analise das formas econômicas, escreve ele no prefacio da primeira edição alemã de 0 Capital, não pode se apoiar no microscópio ou em reativos apresentados pela química; a abstração é a única força que pode lhe servir de instrumento (C. I. p. 18).

Em sua analise da economia, Marx continua filósofo. O que prova não só a argumentação de O Capital e de seus estudos preliminares, mas também o fato que lhe levou quase uma eternidade para terminá-la. Ele começa seus estudos econômicos em 1850 e não termina o primeiro volume de O Capital antes de 1867. Em parte, por reunir toneladas de documentos e passa, dias após dia, ano após ano, no British Museum, a refletir sobre estatísticas sempre novas e sobre relações mais e mais detalhadas. Mas igualmente, porque se deixa distrair por toda sorte de atividades polemicas e revolucionárias. E principalmente, enfim, porque ele se tortura a simplificar a complexidade da realidade econômica às causas mais sutis e múltiplas, para redigir uma análise do tamanho de um livro, deixando tudo compreensível àqueles que querem aprender algo de novo e consequentemente, também pensar por eles mesmos. (C. 1. 1 p.18). Sua primeira tentativa termina em 1858, sob a forma de folhetos de forma comprimida, os quais, impressos fazem quase mil páginas inacessíveis ao leitor não iniciado - o que era o caso de todo mundo naquela época, a exceção de Engels. Marx arruma logo esse manuscrito. No entanto - ou justamente por este motivo - esse compendio, que será publicado em Moscou em 1939 sob o título: Esboço da crítica da economia política, revela mais claramente o arrazoado de Marx, que não fará imediatamente, O Capital. Pois sua fraqueza é também sua força, desde que ainda está isento de simplificações como o contém forçosamente sua versão mais popular (Trata-se do texto conhecido como Manuscritos de 1857-58).

Não resta outra coisa que as concessões feitas ao popular sejam mínimas. Ensaios científicos com vistas de revolucionar uma ciência não podem jamais ser verdadeiramente populares, lemos numa carta escrita para seu amigo Kugelmann em fins de 1862 (Cartas sobre o Capital, p. 131). Como os Grundrisse. O Capital não é uma acusação contra os capitalistas, mas uma análise do princípio capitalista. No prefácio de O Capital, Marx observa: Para evitar possíveis mal-entendidos... Eu não pintei em rosa o capitalista e o proprietário imobiliário. Não se trata aqui das pessoas em si, mas da personificação das categorias econômicas, suportes de interesses e de relações de classes determinadas. Meu ponto de vista, a partir do qual o desenvolvimento da formação econômica da sociedade é semelhante à marcha da natureza e sua história, pode menos que tudo o demais tornar o indivíduo responsável de relações nas quais ele é socialmente a criatura, independente do que posso fazer para se libertar. (C.I.,1, p. 20).

As relações capitalistas tornaram-se depois de muito tempo um poder sem sujeito sobre os sujeitos e se eles justificam a liberdade relativa da sociedade burguesa, é justamente porque não precisam mais de poder sobre as pessoas. Retirai dessa coisa este poder social e tereis que entregá-lo a pessoas submissas a pessoas, proclamava já Marx; na sociedade burguesa a independência pessoal é baseada numa dependência objetiva (G. I. p. 93). Ele explica, numa carta a Kugelmann, que o fabricante tomado individualmente não pode fazer muita coisa. Quais sejam os resultados empíricos das condições capitalistas, no conjunto isso não depende da boa ou da má vontade do capitalista individual (Cartas sobre O Capital, p. 201). Na obra de Marx, os capitalistas não fazem cara de maus a não ser quando utilizam seu poder econômico para obter o poder político – e este para defender um status quo social anárquico. Então os proprietários de imóveis e proprietários do capital se servirão sempre de seus privilégios políticos para defender e perpetuar seu monopólio econômico  atraem a sí as farpas atiradas por Marx em sua mensagem inaugural da Associação Internacional dos Trabalhadores. (Paris, Le Temps des Cerises, 2002).

Constatamos quanto, em seu estudo do processo natural e histórico da formação capitalista da sociedade, Marx transige pouco, finalmente, com o positivismo de merda que denuncia numa carta dirigida a Engels em 1866, depois que ele inicia O Capital por um capítulo complicado sobre a mercadoria. À diferença dos capítulos sobre a transformação do dinheiro em capital ou sobre a produção da mais valia, este é um capítulo sem muitas formulas, em revanche, supõe que o leitor saiba lidar com os paradoxos filosóficos caros a Marx. Num estilo satírico, Marx ressalta os dois aspectos de um produto qualquer destinado a se tornar mercadoria: notadamente o fato de que o produto possui tão bem um valor de uso que um valor de troca, e expõe que, se o valor de uso implica o valor de troca, só o valor de troca faz da mercadoria uma mercadoria permitindo que esta se troque por outras espécies de mercadorias e por uma forma específica de mercadoria: o mercadoria-moeda. Depois, nos faz ver que todas essas formas de mercadoria, independente do que as distinga, tem em comum o trabalho nelas investido e cuja quantidade só determina o montante do valor.

A seguir, Marx se debruça sobre o caráter fetiche da mercadoria e seu segredo. Uma mercadoria parece num primeiro momento algo de trivial que se contem em si mesma. Nossa análise mostra ao contrário ser uma coisa muito complexa, cheia de sutilezas metafísicas e argúcias teológicas. (C.1, 1, p. 83). Reencontramos aqui a argumentação dos Manuscritos de 1844. O segredo da forma mercadoria é simples: ele reflete o caráter social do trabalho humano, o caráter concreto do produto do trabalho como propriedade natural, histórica das coisas; a relação social dos produtores do trabalho resultam numa relação social dos objetos concretos existente em torno dos mesmos (MEW. 23, p. 86).

Da alienação resulta o fetichismo da mercadoria: como ídolos, as mercadorias são produzidas pelos homens, reagem aos homens e suscitam, por sua vez, reações humanas como se tivessem uma vida própria. Como movidas por uma mão fantasma, quanto mais elas recuam mais os homens aspiram a elas. Lá os produtos do cérebro humano aparentam serem independentes, dotados de corpos particulares, em comunicação com os homens e entre eles. Trata-se mesmo de produtos da mão do homem no mundo mercantil. É a isso que podemos chamar de fetichismo... (C. 1, 1, p. 85) No valor de troca as mercadorias adquirem uma figura fantástica, distinta daquela de sua realidade o valor não trás escrito na testa o que é. De cada produto do trabalho faz bem mais um hieróglifo que os homens perderam a capacidade de entender (C. 1, 1, p. 86).

Uma mesa em madeira, uma coisa ordinária que tomba sobre os sentidos se transforma desde que se apresente como mercadoria, como uma coisa ao mesmo tempo perceptível e imperceptível e ... sobre seu tampo de madeira ... se expõe a caprichos mais bizarros do que se ela se metesse a dançar. O válido para uma mesa em madeira vale também para um pedaço de terra, para pérolas, para diamantes Até agora nenhum químico descobriu valor de troca numa pérola ou num diamante (C.I, 1, p. 94). Marx conclui com humor que o valor, esse misticismo, toda essa magia e fantasmagoria não têm nada a haver com a natureza perceptível da coisa, ela não se encontra na pedra preciosa, não nasce nem da terra nem da madeira, ela é fruto da sociedade.


* Robert Misik, jornalista austríaco, comunista militante é um dos fundadores de l’Offensive Démocrate e foi em 2.000 o principal organizador das grandes manifestações contra a participação do partido popular de direita FPO, no governo da Áustria.


Segue Parte II >

Um comentário:

  1. O capitalismo é mutante, como os virus. Se adapta e se reinventa a cada crise, a cada ataque. Não segue nenhuma lei ou razões morais ou éticas, visa unicamente sobreviver. Podemos entender a sua natureza, o seu carater, mas o seu sistema de defesa é aleatório,por isso é difícil uma estratégia para ataca-lo. O capitalismo só visa a sua propria sobrevivencia e como o virus pode matar o seu hospedeiro. Sou pessimista quanto ao futuro da humanidade. Poderíamos ser salvos pelo nosso instinto de sobrevivencia se este realmente for mais forte do que o consumismo, a competição, a inveja, o lucro, e tantos "virtudes" do capitalismo, que o comerciante inventou, que o homem inventou, que o dominou e vai destrui-lo. O capitalismo e a vitória do instinto de morte. Talvez Marx devesse ter se debruçado mais sobre as leis naturais, as leis do acaso, e não ter despresado tanto o 'positivismo de merda".

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