domingo, 21 de abril de 2013

REALISMO, SOCIEDADE DE CLASSES E ALIENAÇÃO – Parte III.




Gunnar Gunnarsson - (1889 – 1975). Pensador marxista sueco. Entre suas principais obras encontram-se Os grandes utopistas; A Comuna de Paris; Gyõrgy Lukács; De Machiavelli a Mao; O ideário da socialdemocracia; Estética marxista. e História do fascismo.



Tradução: Frank Svensson   
        

Existencialismo, guerra mundial e crise

O fascismo não surgiu repentinamente como um mau-cheiro vindo do fundo da alma humana -- ele tem tradição, também, na filosofia burguesa. Ou como Gorki drasticamente formulou: A burguesia nos levou de Prometeu aos apaches.57

No processo em que a ideologia da violência repressiva refina a sua visão de mundo, e suas motivações, o existencialismo assume um lugar importante. Da forma popular como Jean-Paul Sartre o configura, trata-se de uma mercadoria de exportação made in GermanyO existencialismo sartriano apresenta-se com pretensões radicais e até mesmo revolucionárias.58  

É verdade, igualmente, que provocou reações moralizantes de círculos burgueses de acentuado enfoque católico. É sabido como irados pais de família da baixa classe média certa vez invadiram a séde dos existencialistas, o Café Tabou, onde se dava uma festa filosófica, apagando a espalhafatosa orgia metafísica com água trazida em latas e baldes. As vítimas da ação, que como o seu mestre não acreditavam em heroísmo, bateram em retirada, mas vingaram-se, afixando na porta do Café Tabou o seguinte aviso: Fechado até 1 de setembro, quando esperamos que a burguesia se tenha acalmado.

A burguesia acalmou-se. Quase não estava seriamente inquieta. Pois o existencialismo é na realidade urna ideologia inofensiva ao sistema. O padre jesuíta Daniélou afirmou com autoridade que o existencialismo favorece as forças reacionárias e católicas; graças ao existencialismo, os inimigos -- Dieu, merci! -- da Igreja e das classes conservadoras, o liberalismo e principalmente o marxismo, tinham sido vencidos!59

Certa crítica tem surgido, no entanto, da parte de católicos, insinuando que o existencialismo teria influências materialistas e ateístas. Durante a famosa querelle de l'existencialisme, Sartre defendeu-se vigorosamente de tais acusações. Sua tática era marcante: enquanto o tempo todo se mantinha na defensiva em relação ao catolicismo, não hesitava atacar o marxismo como o mais ativo e vigoroso concorrente de sua filosofia.60  No entanto, é inegável que nisso criticava com precisão o dogmatismo, o marxismo vulgar, e o marxismo falsificado sob a forma de stalinismo.

O existêncialismo tem as suas raízes no idealismo transcendental de Kant, Fichte, Schelling e Hegel. Por conseguinte, do ponto de vista católico, sua origem não pode deixar de ser protestanticamente comprometedora; mas é idealista, puramente idealista. Não vamos aqui nos ocupar com as diferenças entre o idealismo critico de Kant e as respectivas posturas de Fichte e Schelling, ou com a crítica de Hegel ao eu absoluto de Fichte. Basta salientar, que toda a filosofia existencialista liga-se mais ou menos a questões da filosofia transcendental e gravita em torno da questão do sujeito, e da sua liberdade e capacidade de ação. Liga-se, portanto, a uma filosofia caracterizada como uma revolução no mundo espiritual, ao contrário da grande Revolução Francesa, que -- inspirada pela filosofia burguês-materialista do iluminismo, com Diderot, Voltaire, Helvetius, d'Alembert e Holbach como seus principais expoentes -- no mundo real derrubou tronos e valores feudais, abrindo caminho para o moderno sistema de produção capitalista e sua sociedade.

Em relação a esse materialismo francês, o idealismo alemão era -- em correspondência ao então pouco desenvolvido elemento capitalista na Alemanha -- uma filosofia burguesa, que ainda não ousara emancipar-se da graça divina luterana e da proteção patriarcal dos príncipes territoriais. O que havia de realmente revolucionário nessa filosofia no que de certa forma ultrapassou o materialismo francês -- era a dialética hegeliana, na qual a ideia de desenvolvimento, embora com uma roupagem idealista, penetrou no pensamento moderno. Marx e Engels foram os únicos que, passando pela crítica à religião de Feuerbach, aliaram-se a esse lado hegeliano. Sõren Kierkegaard preferiu considerar o elemento conservador do idealismo hegeliano, o sistema metafisico-idealista de Hegel.

De igual modo, todo o neo-hegelianismo gerado na universidade alemã dispunha-se a liquidar a dialética. Transforma-se, assim, a dialética de Hegel, que era nitidamente uma dialética de contradições, numa dialética conciliatória, seja quebrando a negação na trilogia tese-antítese-síntese, seja abolindo o momento da identidade, deixando ficar somente a negação. Dessa forma, atinge-se um conceito de mudança ou de desenvolvimento sem nenhum sentido, e sim algo permanente, que muda para um desenvolvimento absoluto, o qual, segundo as leis da lógica se transforma numa calmaria total. Destarte, mistifica-se o próprio conceito de desenvolvimento: o desenvolvimento passa a ser algo irracional, que não pode ser previsto ou dominado pelos homens.

Com esse mistificado conceito de desenvolvimento, as leis da história, que contam com a derrocada do capitalismo, são postas fora de jogo (tal como antes, com a divisão neo-kantiana entre ciências naturais, que buscam leis, e ciências culturais, meramente descritivas). Essa corrompida dialética ganha uma importante função burguês-apologética nas lutas de classe do período de transformação da sociedade. O estado absoluto de Hegel, que originariamente implicava na concretização da razão burguesa, que revolucionariamente se voltava contra o feudalismo, é agora cinicamente usado em defesa do contra revolucionário poder estatal, que dissolve até a democracia burguesa e massacra a classe obreira.

Essa luta contra a dialética mostra-se particularmente clara nos precursores do existencialismo. Edmund Husserl, cuja conhecida fenomenologia aparece como restauradora do sujeito transcendental, está em flagrante oposição à dialética. Para ele a existência dissolve-se, em consonância com o corrompido conceito de desenvolvimento, numa sequência de atos intencionais, fazendo com que a consciência e seus objetos, junto com os sentimentos a eles ligados, bem como as relações dos objetos para com outros objetos, se unam. Entretanto tudo desemboca em pura mística, em que a própria essência da consciência só pode ser compreendida através de uma intuição observadora de essências. Nessa especulação fenomenológica o moderno pensamento burguês atinge o auge da barbaria escolástica.61  Todavia, só com o mestre e precursor direto de Sartre, Martin Heidegger, as suas consequências extremas tornam-se evidentes.

Essa reacionária especulação, com sua pretensiosa e afetada terminologia, é bem adequada, com seu estático enfoque e seu misterioso e grosseiro caráter metafísico,       a uma estagnada Alemanha de desastrosas uniões de altos-fornos e latifúndios, e de reação feudal e ultra capitalista. A relação entre essa fase do existencialismo alemão, e o período posterior à Primeira Grande Guerra, quando a classe burguesa alemã e principalmente quando a classe média, desesperada com sua situação caiu em profundo niilismo, é clara.

Martin Heidegger era típico desses segmentos sociais. Ao voltar de sangrentos campos de batalha, onde a morte espreitara nas trincheiras, deparou com a dissolução da frente interna de luta, com o caos e a miséria geral, com a fome, a inflação e um inflamado militarismo sedento de vingança. Os conceitos ser para e ser eu mesmo, que, ligados à fenomenologia de Husserl desempenham um tão importante papel em sua filosofia, constituíram, na falta de ideias, de bases mais profundas, os salva-vidas de uma classe média náufraga, a qual, proletarizada e expelida do seu seguro contexto de vida, desesperada, agarrava-se a uma identidade social que parecia perder-se irremediavelmente.

A industrialização, a democracia, a revolta das massas, que em termos de organização se expressa principalmente na luta da classe obreira por democracia política e econômica, são totalmente estranhas para a especulação de Heidegger, a na qual a classe média, mais uma vez -- parodiando Günther Anders -- repetiu as heresias que os ele- mentos mais avançados da burguesia há muito tempo haviam deixado para trás e que, para o proletariado secularizado e consciente de sua condição de classe, com a sua teoria socialista de base científica, e com o elevado nível de organização sindical e política, não tinham nenhuma atualidade: Heidégger mais uma vez

... passou pela reforma de Lutero, mais uma vez descobriu a autoridade da consciência individual, mais uma vez se postou sobre os pés do eu fichtiano, mais uma vez com Feuerbach e Nietzsche, negou o pecado original, mais uma vez, na falta de melhor capital, como Stirner, apoderou-se de si mesmo -- e tudo isso numa época em que todos esses passos que conduziram à visão de mundo religiosamente neutra do século vinte já estavam esquecidos.62

O existencialismo foi um produto da Primeira Guerra Mundial, mas só após a Segunda é que, por meio de Sartre, se tornou um fenômeno amplamente europeu. Um cartão postal vendido em Freiburg im Bresgau na era hitleriana mostra o récem-investido reitor, Martin Heidegger, à frente da S.A. local -- Die Strasse frei, den braunen Bataillonen!  (A rua livre, ao batalhão marrom!). Como pode um filósofo, que cinicamente desfilava o poder do espírito, quando atrelado ao espírito do poder, tornar-se, após a derrocada do nazismo, uma presença filosófica na França de Descartes, Diderot e Lafargue?

Tal situação liga-se naturalmente ao clima de depressão da burguesia após a Segunda Guerra Mundial e com a crise geral do capitalismo. Já quando o século era jovem, escreveu o arguto filósofo e sociólogo francês Emile Durkheim:

O humanismo clássico sobreviveu a si mesmo, mas nenhuma nova crença o sucedeu. A consequência é ceticismo, decepção e perigosas doenças da alma.

Aquilo que então era válido agravou-se por meio de campos de concentração, câmaras de gás, guerras genocidas e neo-colonialistas, e a ameaça de destruição do mundo pela guerra nuclear. A desnorteada classe média e a ocasionalmente abatida burguesia francesa tinham necessidade de uma filosofia que pudesse desbancar o marxismo e substituído por uma metafísica teoria da salvação dirigida para os problemas interiores, o que resultou em bons ventos para as velas do existencialismo sartrista.


A decadência ideológica -- um destino ?

Será inevitável uma evolução rumo à decadência ideológica? Marx demonstrou que a sociedade capitalista desenvolve dentro de si mesma as forças, que superarão o próprio sistema capitalista e, com isso, também as ideologias da decadência: a classe obreira, com a sua visão de mundo socialista. Mas, e para a burguesia? Globalmente, sem dúvida, sim -- mas não em sentido fatalista em relação so indivíduo isolado. Esse, como observou Engels, não está hermeticamente fechado em sua classe e em sua ideologia: o indivíduo é influenciado em suas decisões não só por sua classe, mas por toda a sociedade. 64

A análise de classe do marxismo vulgar não entendeu a dialética contida na relação entre o sujeito e o objeto social: não dispõe do complexo jogo de mediações mediante o qual se verifica a interação entre indivíduo, classe, sociedade, época, desenvolvimento humano universal e natureza. O marxismo é ciência e não teoria da salvação. Por isso, a pesquisa dessa relações sujeito-objeto e sua interação faz-se necessária como uma das principais tarefas da ciência marxista e, consequentemente, também para urna estética e teoria da arte marxista. Nas atuais circunstâncias, isso implica em perceber claramente que, apesar da decadência ideológica da classe burguesa, de suas mentiras apologéticas, e de sua falta de realismo, (fuga para modismos metafísicos e religiosos), apesar de tudo, para o burguês como indivíduo, existem diferentes possibilidades de reagir ante a decadência ideológica da sua própria classe social.

Uma atitude por demais comum é capitular. Mas honestos e altivos burgueses podem também negar-se a sujeitar-se à ideologia decadente de sua classe, romper com ela e pôr-se em dia com as tradições culturais dos gloriosos dias de sua classe, ou ligar-se ao desenvolvimento e aprofundamento dessas tradições no movimento operário e no marxismo. Foi o que se deu com escritores como Lion Feuchtwanger, Bertolt Brecht, Heinrich e Thomas Mann, Anatole France, Romain Rolland, Henri Barbusse e muitos outros.

As agudas contradições de classe durante o período de transformação da sociedade também podem levar pessoas antes conscientes a um colapso moral e intelectual. Exemplo disso foi a passagem de Malraux para o néo-fascismo gaullista. E finalmente, honestos ideólogos burgueses podem virar-se contra a sua própria classe, ao vivenciar as contradições de sua época e configurá-las em suas obras. Esse tipo de conflito não conduz necessariamente a uma adesão direta à classe trabalhadora. A vitória do realismo' implica finalmente no triunfo do momento de verdade contido na formação ideológica sobre a alienação ideológica.

A libertação do indivíduo burguês da decadência da ideologia de classe (Gyorgy Lukács) encontra naturalmente dificuldades. As dificuldades são maiores onde a tradição apologética é mais forte; nas ciências sociais. Nas ciências naturais a situação é parcialmente diferente: pela própria constituição do seu sistema social, a burguesia é obrigada a desenvolver a técnica, o que explica o ascenso das ciências naturais no período da decadência. Devemos lembrar, no entanto, que mesmo o desenvolvimento da pesquisa das ciências naturais vem conflitando-se mais e mais com a permanência do sistema capitalista. Um exemplo recente é a força nuclear, cujo emprego pacífico deveria levar a imprevisíveis consequências para o capital monopolista e que por isso em mãos da classe dominante transformou-se na mais terrível ameaça à paz; à liberdade e à felicidade humana. Da mesma forma sacudiria as bases do lucro capitalista.65

A crítica da decadência ideológica feita por Marx e Engels, começou por motivos históricos, a princípio com referência a religião e metafísica, filosofia e economia política. Havia terminado a época dos grandes sistemas filosóficos. Marx e Engels trabalhavam cientificamente; não tinham nenhum propósito de criar um sistema estético. Todavia, só um leigo em marxismo e falto de formação científica pode acreditar seriamente que os fundadores do marxismo se teriam pronunciado sobre fenômenos estéticos apenas ocasionalmente e pessoalmente, e que a esses raros pronunciamentos sejam desprovidos de importância teórica e significado científico.

Esses episódicos e esparsos pronunciamentos de Marx e Engels sobre arte e literatura foram coligidos, organizados e sintetizados por Mikháil Aleksándrovitch Lifschitz num volume de mais de seiscentas páginas. A última edição, em alemão, dos pronunciamentos de Marx e Engels sobre questões de estética compreende dois volumes que somam mil quatrocentas e sessenta páginas. O material compreende não só opiniões que os dois trocaram entre si sobre romances lidos e características de escritores contemporâneos, mas também explícitas considerações artísticas e histórico-literárias, incluindo análises de escritores isolados, e suas obras, essenciais contribuições para o entendimento das bases sociais da arte e da literatura, e comentários a respeito de literatura política e poesia popular.

Marx e Engels criticaram as obras que lhes interessaram e participaram das lutas literárias de seu tempo. Avaliaram os clássicos esteticamente e do ponto de vista de atua1id4de, salientando o conteúdo proletário de mudança social. Discutiram o realismo dos clássicos. debateram os gêneros e suas funções e vasculharam as tradicionais categorias estéticas. É pois, assaz estranho que essas esparsas observações e episódicos pronunciamentos, frutos de um interesse fortuito, na realidade tenham logrado um resultado quantitativo e qualitativo tão considerável. Seria um escárnio para com pesquisadores sérios como Plekánov, Lifschitz, Lukács e outros, supor que houvessem montado uma falsificação desse material, uma estética sistêmica que aos próprios Marx e Engels seria estranha. Esses pesquisadores não fizeram nada disso. Pelo contrário, de forma cientifica, perfei-tamente legítima sistematizaram um material imanente de teoria em relação ao marxismo como um todo.

Uma das principais tarefas da ciência é justamente essa sistematização da matéria -- o que não tem nada a ver com outros sistemas metafísicos ou não, no sentido clássico do termo. E no caso em questão, é justamente essa ordenação sistemática do material legado que constitui a prova decisiva contra as criações mentais de marxistas vulgares e sectários, afirmando que Marx e Engels eram sábios quando tratavam de economia política e ciências sociais, mas diletantes sem teoria quando discorriam sobre questões de estética. Por conseguinte, o marxismo não é um sistema, mas, como toda ciência, uma coerente e estruturada formação teórica, conscientemente sistematizada por uma determinada metodologia (no caso do marxismo, o materialismo histórico e dialético). Só quem seja alheio a métodos científicos pode supor que o trabalho de pesquisadores marxistas, com tal sistematização dos pronunciamentos de Marx e Engels sobre arte e literatura e sua localização no conjunto estrutural da formação teórica marxista possa ser alguma forma de arbítrio ou de frívola violação da teoria. Que insignes pesquisadores possam ter-se enganado em determinados pontos é de uma superficialidade total. Até mesmo notáveis pesquisadores cometem erros, e seus equívocos podem resultar mesmo producentes para as ciências. Tais enganos distinguem-se daquelas verdades incontestáveis e criticas que, com inimitáveis ares de autonomia e de moralizante integridade, são apresentadas contra os mestres por aqueles que se julgam chamados e escolhidos. Tão natural como tudo isso, toda troca de opiniões cientificamente produtiva, inclui a discussão e a análise de citações essenciais, tanto a favor como contra. 

Em produções de marxismo vulgar ou sectárias, os clássicos podem ser deturpados, na medida em que substituam o pensamento critico, a argumentação objetiva ou a pesquisa de posicionamentos. Mas naturalmente é fácil distinguir tal emprego de citações, desde que os mencionados pronunciamentos sejam ordenados no âmbito de problemas ou de uma argumentação. Nem todos os que citam Marx e Engels precisam ser fidedignos utilizadores de textos, nem os clássicos obrigatoriamente contêm erros. Como acontece com a formação teórica marxista, toda outra ciência deve ser provada e, depois de sua renovação e correção, deve ser provada de novo.


N o t a s :

55 Ibidem, pp. 68-69.

56 Max Scheller: Vom Umsturz der Werte (Da subversão dos valores), pp. 123-124. Leipzig, 1923.

57 Maxim Górkiy: Die ZerstOrung des Personlichkeit (A destruição da perso-nalidade), p. 85. Ver ainda pp. 32-33.

58 A literatura sobre o existencialismo é muito ampla. Indicamos aqui uma seleção de enfoque marxista: Henri Mougin, La sainte famille existentialiste, (A santa família existencialista) Paris, 1947; Jean Kanapa, L'Existentialisme n'est pas un humanisme (O existencialismo não é um humanismo), Paris, 1947; Lefevbre, L'Éxistentialisme (O existencialismo), Paris, 1947; Giörgy Lukács, Existentialisme ou marxisme? (Existencialismo ou marxismo?) Paris, 1948. Ver ainda: Boris Pessis, Die franzõsisehe Literatur wãhrend der Kriegsjahre (A literatura francesa durante os anos de guerra), SL 4:1946, e Sartres literariseh-philosophische Parade (O desfile filosófico literário de Sartre), SL 4:1947; Y. Fried, A Philosophy of Unbelief and indifferenee. Jean-Paul Sartre and Contemporary Boargeois Philosophy (Uma filosofia do cepticismo e da indiferença. Jean-Paul Sartre e a filosofia burguesa contemporânea), MI 3:1947; Wilhelm Dultz, Der Existentialismus ais Ausdrück der bürgerlichen Intelligenzkrise (O existencialismo como expressão da crise da inteligência burguesa), Eh 6:1947.

De outros pontos de vista: Robert Campbell, Jean-Paul Sartre, Paris, 1945; Roger Troisfontaines, Le choix de Jean-Paul Sartre (A escolha de Jean-Paul Sartre), Paris, 1945; G. Marcel, Homo Viator, Paris, 1944; Claude Roy, Jean-Paul Sartre, Poesie 47, n. 38 (Jean-Paul Sartres, Poesia 47, n.38) Cl. - E. Magny, Système de Sartre (Sistema de Sartre), Esprit 3/4:1945; Abbagnano, Nicola: Philosophie des menschlichen Konflikts (Filosofia dos conflitos humanos), Munique, 1957: Beyer, W. R., Vier Kritiken (Quatro críticas), Colonha, 1970; Hühnerfeld, Paul, In Sachen Heidegger (No dizer de Heidegger), Ulm, 1961; Sartre, Jean-Paul, Marxismus und Existentialismus (Marxismo e existencialismo), Reinbeck bei Hamburg, 1964; Adam Schaff, Marx oder Sartre? (Marx ou Sartre?) Hamburgo, 1964; Thure Stenstrõm, Existencialismen (O existencialismo), Estocolmo, 1966.

59 Père Daniélou, Etudes (Estudos) 9:1945, p. 241 e seguintes.

60 Ver Henri Mougin, La Sainte famille existentialiste (A santa família existencialista), p. 23 e seguintes.

61 Edmund Husserl: Logische Untersuchungen (Pesquisas lógicas) Halle, 1928.

62 Günther Anders: Nihilismus und Existenz (Niilismo e existência). Die newe Rundschau 1:1946, p. 74. Comparar com a cínico sentimental entrevista de Stephen Schimansky a Heidegger em Partisan Rewiew 4:1948, On meeting a philosopher (Encontrando um filósofo), na qual o escritor teve a arrogância de elogiar a grandeza -- não emitiu uma única acusação! -- e até mesmo comparar esse escudeiro do nazismo com Hõlderlin!

63 Tão certo como esta constatação foi e é, são lamentáveis e cada vez mais débeis as tentativas do moderno humanismo burguês de manter vivo o humanismo sem criar bases humanas para a vida humana.

64 Ver Gyõrgy Lukács: Karl Marx und Friedrich Engels als Literaturhistoriker (Carlos Marx e Frederico Engels como historiadores de literatura), Berlim, 1948, p. 135.

65 Encontramos aqui uma contradição quanto à contínua e inevitável necessidade de desenvolver a técnica de um tipo que o sistema econômico capitalista não é capaz de manter.  

* * * * FIM

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