domingo, 2 de dezembro de 2012

PROBLEMAS ATUAIS DO ENSINO E DO APRENDIZADO DA ARQUITETURA

Frank Svensson*


Resumo

Aborda a necessidade de se deslocar o centro do ensino da História e Teoria da Arquitetura e do Urbanismo, de uma historiografia limitada à consideração de feitos e fatos, os quais revelam, mas não esgotam a lógica, as leis do processo de desenvolvimento. A atenção centra-se no problema da ação recíproca entre o histórico e o lógico. É esta ação entre questões de história da arquitetura e de lógica dialética que tornam o seu ensino também uma questão de Teoria do Conhecimento, bem como de Economia Política. Considera-se, ainda, que o deslocamento dos "paradigmas" do conhecimento histórico, ao assimilar um caráter ativo por meio de problematizações, permite superar o conhecimento descritivo e analítico, para exigir práticas de pesquisa e participação, ou seja, de "fazer história".


Perspetiva geral

A ofensiva geral do neoliberalismo em suas pretensões de globalização avança por todos os setores e com a educação não é diferente. É um equívoco afirmar que, para o Brasil, não haja um projeto educacional favorável à "globalização": um projeto elitista e excludente, voltado para atender aos interesses do grande capital. Não há propriamente um sucateamento do ensino e sim um ajuste ao novo modelo de produção técnico-científico do capitalismo, modelo este perfeitamente condizente com os anseios da elite dominante.

A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB n° 9.394/96) forneceu o argumento final para a cobrança de mensalidades nas instituições públicas do ensino superior aju-dando, assim, a abrir as portas para o ajuste de nosso sistema educacional às necessidades do capital, quais sejam: uma maior estabilidade política gerada por níveis elevados de alienação e aumento da qualidade e produtividade da mão-de-obra brasileira, tornando nossa vida produtiva o mais tranquila possível para que se processem os mecanismos da mais radical concentração de rendas já verificada.

Nessa perspectiva de apoio preferencial à formação de arquitetos para a iniciativa privada, o relaxamento das disciplinas críticas, situadas na área de teoria e história da arquitetura, é fundamental. As disciplinas favorecidas são as chamadas de projeto - ainda segundo o modelo da profissão liberal - e as de tecnologia aplicada à construção de edifícios exclusivos.

Esse quadro faz parte de um maior quanto ao conhecimento histórico e filosófico. Erich Kahler (1964) em seu livro The Meaning of History caracteriza-o da seguinte forma: Pela primeira vez o mundo humano é tecnicamente uno, mas está, ao mesmo tempo, num estado da mais completa anarquia. A civilização ocidental está a ponto de conquistar o globo e de extirpar gradualmente os antigos hábitos, o legado cultural peculiar de outros povos, ao mesmo tempo em que o Ocidente em seu próprio domínio, dá sinais inequívocos de degenerescência.

A tecnologia moderna produzida pela civilização ocidental tende a reduzir funcional-mente o mundo à condição de uma só unidade. Para tanto, vale-se dos instrumentos de comunica-ção de massa e difunde o seu ferramental tanto de preservação como de destruição da vida, de benefícios e de atrocidades, numa tendência de propriedade comum de um mundo globalizado. Os homens e as comunidades não caminham no mesmo ritmo das mudanças técnicas. O conflito e a interação dessas duas tendências explicam a anarquia reinante.

Outra contradição reside no papel ambivalente da civilização ocidental. No nosso mundo continuam existindo povos atrasados quanto a técnicas e tecnologia, mas que quanto à preservação de sua dignidade superam muito as nações ocidentais. Os povos eslavos em que pese a atual crise econômica que lhes é imposta pelo capitalismo, e especialmente os povos sino-asiáticos, hindus e africanos, parecem ter condições melhores de sucederem o Ocidente como civilização exponencial do mundo. Não só pela magnitude de suas populações, mas principalmente graças à substância humana básica de suas culturas (Ziugánov, 1995).

A exagerada "racionalização" capitalista desenvolvida pela cultura ocidental comprime o inconsciente das pessoas fazendo com que se instalem neuroses e desvarios de toda sorte, mani-festando-se em atos desarticulados, carentes por completo de rumo e destino histórico. Assim surgem as expressões de música pop-art, de cinema pós-moderno e de arquitetura pós-modernista (Harvey, 1992; Schnaidt, 1997). Expressões de um capitalismo decadente.

O melhor a fazer é esclarecer a nossa identidade histórico-cultural e unir nossas forças a esses povos do futuro, apreciando conjuntamente a existência potencial de uma nova ordem mun-dial cultural e historicamente diversificada. Uma nova ordem na qual regiões de nítida identidade histórico-cultural têm em comum a preservação da forma humana. Suas arquiteturas, distintas em suas particularidades, terão em comum de ser destinadas aos homens e não ao capital. Com esse objetivo maior estaremos "fazendo" história. Estaremos nos atualizando com o desenvolvimento de nossa história e de nossa cultura afro-ibero-americana.

Limitando-nos a uma historiografia nostálgica e conservadora, romântica e apologética, ou atendo-nos a pesquisas históricas pontuais, só estaremos reproduzindo a sociedade capitalista em sua degenerescência e ocaso histórico. O fundamental é buscarmos o significado essencial do que estamos fazendo: para onde nos leva o que estamos fazendo, e o que se consegue com isso; buscar uma orientação para o mundo de hoje ante a encruzilhada em que se encontra: entre a aniquilação do Ocidente e a unificação cultural e histórica mente diversificada da humanidade.


História não é historiografia

Durante muito tempo se absolutizou o princípio da "realidade histórica", se manteve como certa a possibilidade de um conhecimento ilimitado "daquilo que houve em matéria de arquitetura". A disciplina História da Arquitetura valia-se de métodos de coleta de dados e das sintetizações indutivas: características de uma orientação historiográfica amplamente difundida, ingênuo-realista por seus métodos facto-lógicos (estudo de fatos e feitos veiculados por obras de arquitetura).

A compreensão simplificada daquilo que ocorreu no passado, o menosprezo pela necessidade de conhecer as leis do desenvolvimento social e a freqüente atitude negativa para com a evolução do corpo teórico-conceitual da História da Arquitetura, resultaram na débil posição do realismo histórico-arquitetônico ingênuo.

O professor de História da Arquitetura, que está acostumado a trabalhar mostrando obras sem um esquema conceituai construído e fundamentado de antemão, não está em condições de deixar claro o verdadeiro objeto de seu trabalho, quais os fatos a escolher e reunir. A base filosófico-conceitual do empirismo historiográfico não conta com as premissas adequadas a estas exigências.

No ensino da História da Arquitetura, é importante ter em conta não só "o que houve" -a realidade histórica em forma de obras e procedimentos significativos - como também as causas dos mesmos, as leis do seu desenvolvimento histórico.

A realidade histórica é formada por feitos e fatos, os quais revelam, mas não esgo-tam, a lógica, as leis do processo de desenvolvimento. Estas pressupõem e requerem uma compreensão distinta daquela do tema propriamente arquitetônico e das finalidades das pesquisas necessárias para suportar o trabalho pedagógico com o mesmo. A atenção centra-se no problema da ação recíproca entre o histórico e o lógico dentro do próprio tema necessário de ser pesquisado para um melhor ensino e aprendizado. É esta ação recíproca entre questões de história da arquitetura e de lógica dialética que torna o seu ensino uma questão de teoria do conhecimento, aspecto que precisamente com este enfoque se converte no objeto principal das investigações indispensáveis ao mesmo.

A pesquisa e a prática da arquitetura, como fatores fundamentais para um melhor ensino de História da Arquitetura, baseiam-se em determinada concepção do desenvolvimento da produção dos lugares da vida em sociedade. É com base nessa concepção que se constroem os modelos teórico-cognitivos, cuja validade e eficiência se comprovam com o material histórico.

Esse "deslocamento do centro", na compreensão do objeto e dos fins da arquitetura, justifica a crescente necessidade da pesquisa como apoio ao ensino de sua história. Se não queremos simplesmente reproduzir o conhecimento de história da arquitetura já existente, é necessário deslocar o seu ensino do enfoque historiográfico predominante para a investigação da história da arquitetura como tal. E isso implica o deslocamento para as teorias filosóficas do desenvolvimento da humanidade, com base nas quais é possível perceber que as bases do conhecimento da arquitetura, tanto como os perfis dos seus trabalhadores, são distintos em distintas épocas e circunstâncias. Hoje, não é mais possível resumir o conceito de arquitetura a obras exclusivas de arquitetos individuais e individualistas como na Renascença ou, até mesmo, ainda no período modernista (Cornell, 1996, 1997).

Mudam, também, os paradigmas do próprio conhecimento da História. Num outro artigo sobre o assunto, fiz ver como na sociedade industrial o paradigma do Estado nacional burguês foi substituído pelo fator trabalho (Svensson, 1965). Como os defensores dos interesses dos desprovidos evoluíram da posição de usar o conhecimento histórico como elemento de consolidação do Estado nacional burguês e sua sociedade de classes, para considerar o fator trabalho como o fulcro dessa forma de conhecimento.

A teorização da pesquisa histórica cria as condições que evidenciam a necessidade de ordenar e esclarecer a própria diversidade de tipos e formas de conceituação do conhecimento histórico. Como fator de consolidação do estado nacional burguês, a História da Arquitetura formulou a sua teorização, baseando-se preferencialmente na estética da arquitetura e na história dos autores de obras significativas. Com o deslocamento do fulcro do conhecimento histórico para o fator trabalho, dá-se um deslocamento correspondente em favor do campo da economia política e da teoria do conhecimento.

1) a influência da visão de mundo e a orientação socioideológica do pesquisador para compreender o objeto e os fins de sua pesquisa histórico-arquitetônica;

2) a análise de todo o conjunto de meios e procedimentos conceituais utilizados para a racionalização do conhecimento histórico-arquitetônico;

3) o estudo da hipótese sobre a influência que as estruturas pré-conceituais profundas do pensamento exercem sobre a visão histórica, bem como sobre a compreensão do objeto arquitetônico pesquisado.
É neste nível de teorização que se revela a complexidade de todo o conjunto das condições sociais e cognitivas sobre o objeto das pesquisas histórico-arquitetônicas, das condições nas quais se forma a concepção geral a respeito do desenvolvimento do conhecimento na etapa contemporânea.


Problemas das teorias da arquitetura

O aprofundamento e a ampliação das noções sobre a esfera temática têm uma grande importância metodológica para o conhecimento histórico da arquitetura. A falta de conhecimento sistematizado sobre o conteúdo social da arquitetura explica, em grande parte, por que a teoria a seu respeito durante largo tempo foi transferida para o campo do conhecimento estético. Teoria e estética da arquite-tura eram aceitas como a mesma coisa. As preocupações com as categorias estéticas passaram a suprir o campo da teoria da arquitetura buscando apoio na historiografia desta. A elaboração dos problemas filosóficos e metodológicos especiais da pesquisa sobre a arquitetura, no entanto, ficaram em com-passo de espera.

Uma certa ajuda pode-se encontrar na experiência adquirida pelos investigadores em matéria de filosofia da história e teoria do conhecimento. A questão fundamental da filosofia: a relação entre a matéria e a consciência apresenta-se no campo da estética como a questão da relação entre a consciência estética e a realidade. Para a arquitetura, consiste em ligar questões como as do belo e do feio, do sublime e do vil, do trágico e do alegre às de escala, de proporção, de fluidez e interação espacial, de linguagem arquitetônica e aquelas do conhecimento do desenvolvimento da realidade.

Trata-se de reconhecer ou não a anterioridade dessas categorias, na realidade, em rela-ção ao seu reflexo na consciência do homem, aos seus sentimentos, seus ideais, suas concepções e suas teorias sobre a arquitetura. Outra questão que se coloca é: saber se o homem é capaz, através da sua percepção estética, de refletir tais categorias.

Defrontamos, portanto, a necessidade de abordar três campos principais:

1) o estético na própria realidade, quer dizer, as coisas que suscitam no homem uma satisfação espiritual particular - prazer ou insatisfação, repugnância, sentido do sublime e do vil, do trágico ou do cômico, de liberdade ou de enclausuramento, de orientabilidade ou não;

2) o reflexo destes objetos na consciência do homem, ou seja, a consciência estética;

3) a relação estética do homem com a realidade.

A investigação do estético na realidade deve ser iniciada não com a procura da beleza "em geral", mas sim com o conhecimento de coisas belas concretas que o homem encontra na sua prática. Por outro lado, não deve centrar-se nas características individuais, singulares que distinguem um objeto belo de outro, mas sim nos traços belos que caracterizam classes e grandes grupos de objetos: produtos da construção ou projeção artística, o homem, a arte, a natureza, a sociedade, etc. (Svensson, 1991)

E no processo dessa generalização que a estética da arquitetura faz apelo às outras formas de conhecimento, possibilitando o descobrimento da substância real de uma ou de outra classe de objetos estéticos e o conhecimento dos seus aspectos, de suas características, de suas propriedades comuns, de suas origens e de suas leis da transformação histórica, etc. Esclarece-se a unidade entre a imagem/forma da arquitetura e a matéria natural e social que serviu para criar e que dá existência à mesma.

A par do estético na própria realidade, na natureza e na sociedade, há de se estudar, naturalmente, as particularidades do seu reflexo na consciência do homem, dos trabalhadores, observadores e usuários da arquitetura. Abre-se um campo de relacionamento com áreas de estudo como, por exemplo, da psicologia, da fisiologia, da sociologia e de outras ciências, tais como: percepção estética, gosto, ideário, concepções e teorias, incluindo a história das doutrinas estéticas do passado.

Somente vendo a consciência estética como uma forma particular de consciência social, é possível revelar a dependência da consciência estética em relação ao ser social e à prática sócio histórica, o seu caráter de classe e a inter-relação com outras formas da consciência social, nomeadamente, com a consciência política, do direito, moral e religiosa, mostrar a independência relativa da consciência estética em relação à base econômica, a sua influência ativa sobre o ser social e as leis do desenvolvimento histórico.

Por fim, a estética estuda a relação estética do homem com a realidade, não como um reflexo passivo dos objetos estéticos na consciência, mas sim como uma modalidade específica da prática sociohistórica das pessoas.

A crise da concepção neopositivista da lógica e da metodologia do conhecimento, que dominou na metodologia ocidental até o inicio da década de 60, manifestou-se, particularmente, em não haver logrado criar a prometida teoria eficiente não-filosófica do conhecimento, que os neopositivistas elaboraram sob forma de lógica do conhecimento, entendida como sintaxe e semân-tica das linguagens, inclusive da arquitetura

Depois do "maio vermelho" de 1968, surgiu uma série de novos teóricos da arquitetura. Christoffer Alexander, Kelvin Lych, Phillipe Boudon, Amos Rapporport, Norberg Schultz são alguns deles. De comum têm não levarem em conta a histórica contribuição de Marx: o materialismo dialético. Expressam um período histórico da teoria da arquitetura que muito lembra o da queda do muro de Berlim. Então, como agora, apressaram-se a declarar Marx como morto, procurando arquiteturologicamente encontrar a verdade sobre o fenômeno da arquitetura sem relacioná-lo com os interesses de classe, o que implica, na prática, a conciliação entre a verdade e o erro.

Depois do fracassado surto de metodologias do conhecimento do empirismo lógico, veio um surto de historicismo arquitetônico dividido entre o pós-modernismo historicista e as teorias eurocomunistas de preservação histórica de centros urbanos na Itália. Os resultados, no entanto, foram pouco eficientes por não se relacionarem com as particularidades do "empírico" e do "teórico", próprias das investigações histórico-conceituais.

Uma estética que recuse a conciliação entre a verdade e o erro implica uma intransigente luta ideológica contra as teorias idealistas e metafísicas na estética, e que mostre a ligação destas teorias com os interesses das classes e dos grupos mais reacionários e conservadores e, especial-mente, da sociedade capitalista contemporânea.

As teorias de arquitetura das classes sociais conservadoras não pregam abertamente a negação da verdade quanto à mesma, mas disfarçam os seus verdadeiros interesses, apresentando a arquitetura como valor absoluto supra-classista. Concebem o papel do trabalhador da arquitetura como isolado da influência dos interesses dos grupos sociais.


Conclusão

Procuramos, neste sucinto trabalho, apontar para os dois problemas, no nosso entender principais, enfrentados pelo ensino e estudo de História e Teoria da Arquitetura, nas universidades do nosso País: limitar o estudo de sua história a uma questão de historiografia acrítica, e de sua teoria a uma questão da estética tradicional. Estética advinda de um "glorioso" período romântico e apologético, ou limitada aos enfoques neopositivistas e neokantianos, dóceis aos ventos do neoliberalismo que hoje nos açoitam.
Só ligando a nossa busca de melhor conhecimento sobre o fenômeno da arquitetura às grandes questões centrais da busca de um mundo melhor e de uma sociedade mais justa, enfrenta-remos os riscos de um ensino meramente reprodutor da arquitetura de um período decadente, o da formação socioeconômica em que vivemos.


*Doutor em Filosofia, com direcionamento para História e Teoria da Arquitetura, pela Universidade de Gotemburgo Professor titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU/UnB), responsável pelas disciplinas Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo da Sociedade Industrial e Teoria do Conhecimento dos Espaços Construidos Publicou em 1992. pela Editora da UnB, o livro Arquitetura e Necessidade. Desde 1994 edita a publicação Arquitetura e Conhecimento e traduções para a Editora Alva, de Brasilia


Referências bibliográficas

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