Entrevista
com Michael Hardt
O
comunismo é um processo destituinte que desestabiliza não só as instituições
vigentes, mas também as ideias dominantes. Aos poderes da crítica, no entanto,
deve-se sempre acrescentar processos criativos de experiências com novas formas
de relação social, com novos modos de vida. Aos poderes destituinte do
comunismo deve-se acrescentar processos constituintes”,
diz Michael Hardt.
A entrevista com Hardt
é do coletivo editorial Praktyka
Teoretyczna, e feita por ocasião da publicação, na Polônia, do livro Commonwealth, de Hardt e Negri, e está
publicada no sítio Uninomade,
03-12-2012. A tradução é do Cepat.
Eis
a entrevista.
Commonwealth (1) é uma tentativa de responder à
pergunta sobre como podemos reexaminar atualmente as condições e horizontes de
uma prática e teoria comunistas. Não é apenas um renascimento exitoso da
tradição setecentista de tratados sobre o governo, mas também uma espécie de
manifesto político. Entretanto, vendo a recepção de diferentes propostas
teóricas de esquerda na Polônia, podemos esperar uma acolhida bem mais fria
deste livro em nosso país. Você poderia, de alguma maneira, tentar convencer os
leitores dos países pós-socialistas, “decepcionados” com o marxismo como
perspectiva epistemológica e ideologicamente impermeável à maioria das
propostas de esquerda, para que se familiarizem com o projeto comunista
apresentado em Commonwealth ?
Posso imaginar que para
muitos leitores poloneses o conceito de comunismo tenha se tornado tão feio que
não querem nem ouvir falar dele. No discurso padrão atual, para muitas pessoas
(nos países pós-socialistas e em outros lugares), comunismo significa burocracia estatal rígida, total controle
estatal da economia e da atividade social, supressão do dissenso político,
sacrifício dos trabalhadores pelo bem nacional, restrições da liberdade de
expressão, etc. Para Toni e para mim, no entanto, e para muitos outros, o
comunismo significa algo completamente diferente – não a exaltação do Estado,
mas sua abolição, não a celebração do trabalho, mas sua libertação, assim como
a experiência de formas de liberdade e participação democrática, que vão além
do que existe nas sociedades capitalistas contemporâneas.
Você poderia perguntar,
então, por que não deixamos de usar o termo comunismo e inventamos uma nova
palavra. Pode-se fazer isso, mas então nos afastaríamos de uma longa história
de lutas comunistas que nos inspiram e enriquecem. Por que permitir ao Estado
stalinista que represente e entesoure toda a tradição comunista, quando muitos
comunistas lutaram contra ele? É importante reconhecer alternativas dentro da
tradição e afirmar as correntes mais valorosas. Sentimos assim a necessidade de
lutar pelo conceito de comunismo e insistir naquilo que consideramos seu
verdadeiro sentido.
Dito isto, no entanto,
somente utilizamos a palavra comunismo em Commonwealth
ou em Declaration. (2) Em seu lugar articulamos as principais partes
que compõem a teoria e a prática comunistas sem mencioná-las. Perseguimos assim
a crítica do Estado e a crítica do trabalho, como disse, junto com a crítica da
propriedade. Poderíamos chamá-los de três pilares críticos fundamentais do
pensamento comunista, que correspondem a três áreas igualmente importantes de
investigação e experimentação prática: liberdade, ação democrática e
multiplicidade. Isto não nos leva a respostas ou a modelos de uma sociedade
futura, mas antes às perguntas: Como podemos organizar uma sociedade livre e
absolutamente democrática? Como podemos nos governar coletivamente através de
processos participativos sem necessidade de líderes? Como podemos gerir a nossa
riqueza comum sem as relações da propriedade privada? Estas são algumas das
perguntas formuladas por alguns dos mais fortes movimentos sociais atuais.
Em sua introdução à
edição inglesa de Marx oltre Marx,
Antonio Negri reivindica que ser comunista é viver como um comunista. Ele faz
esta declaração em referência ao reconhecimento das bases de vossa concepção da
produção biopolítica, isto é, que o limite entre produção e reprodução é hoje
arbitrária e confusa (se é que alguma vez foi possível traçá-lo com precisão),
e que a produção não é apenas a produção de um objeto para um sujeito, mas
também um sujeito para um objeto, ou seja, é a produção da subjetividade. Tendo
tudo isto em conta, o que significa ser comunista hoje?
Essa é uma pergunta
difícil. Penso que viver como um comunista – ou melhor, viver uma vida
revolucionária – muda em função das diferentes situações históricas. Todos nós,
provavelmente, conhecemos amigos e ativistas que parecem ridículos quando
tentam imitar estilos e posicionamentos de revolucionários de outras épocas e
lugares – usando a boina ou barba de Che Guevara, por exemplo, ou fanfarronando
sobre a luta armada em circunstâncias em que isso não faz sentido. Talvez uma,
ou melhor, a pergunta central para qualquer pessoa com desejos revolucionários
seja a que constitui em nossa situação um modo de vida revolucionário.
Mas isso não responde
ainda à tua pergunta. Marx nos dá uma aproximação em sua carta a Arnold Ruge (3) dizendo que o comunismo é a crítica
radical de tudo o que existe. Penso que este é um bom começo e nos ajuda a
evitar o dogmatismo. O comunismo é um processo destituinte que desestabiliza
não só as instituições vigentes, mas também as ideias dominantes. Aos poderes
da crítica, no entanto, deve-se sempre acrescentar processos criativos de
experiências com novas formas de relação social, com novos modos de vida. Aos
poderes destituintes do comunismo deve-se acrescentar processos constituintes.
Um dos aspectos dos acampamentos e ocupações de 2011 que acho mais fascinantes
é a experimentação de novas práticas, como a assembleia geral e os grupos de
trabalho (ou comissões). Tiveram todo tipo de dificuldades, evidente-mente,
tanto pelos conflitos internos como pela repressão externa, mas criaram
práticas e instituições de autogoverno autônomo que aumentaram o interesse por
novas formas de democracia.
Ao contrário das
primeiras partes da trilogia [Império (4),
Multidão (5), Commonwealth], a questão urbana tem um importante papel em Commonwealth. Inclusive urbanizaram a
tese sobre a fábrica social, em concordância com a afirmação de Harvey sobre o caráter
urbano da luta anticapitalista (em Multidão vocês já falavam sobre a
urbanização da luta de guerrilhas). A aproximação de vocês à cidade, contudo,
provém de um contexto específico, fenômenos típicos de grandes concentrações de
pessoas (Paris, Milão, Nova York, Buenos Aires, etc.), tais como: metropolitização
e seus homólogos, por exemplo, neoliberalização, informatização e networking.
Como levar a cabo a análise de vocês em cidades de tipo médio, que não sejam
metrópoles pós-socialistas (com as poucas exceções de Varsóvia, Moscou, Praga e
Budapeste)? Podemos pensá-las em termos de lugares de resistência e de fábricas
imateriais sem fronteiras? Onde você veria as linhas de resistência
pós-socialista e como se poderia superar suas potenciais limitações, tais como:
o caráter misto das economias do Leste da Europa, a perda da solidariedade de
classe e a fetichização local, frequente nos movimentos urbanos poloneses?
Creio que é importante
nestas discussões questionar e revisar as concepções tradicionais sobre a
divisão entre cidade e campo, entre o urbano e o rural. Um risco de nossa
discussão em Commonwealth, assim como
nos trabalhos de David Harvey sobre a cidade, está em não considerar ou
subestimar as populações e lutas rurais.
Em minha opinião, o
critério mais importante para distinguir o urbano do rural no pensamento
moderno não é a densidade da população, mas sua intercomunicação. Retorno
frequentemente à passagem de Marx em O 18 Brumário de Luís Bonaparte sobre os
camponeses, que considero emblemática. Marx tentava entender porque na metade
do século XIX os camponeses franceses eram reacionários e, especialmente,
porque apoiavam a ditadura. Não podiam agir como classe, dizia, o que
significava que não podiam agir politicamente e em seu lugar eram representados
e manipulados pelos poderes dominantes. A explicação de Marx era que, dado que
os camponeses franceses estavam dispersos em pequenas propriedades nas zonas
rurais, não conseguiam se comunicar entre si, e a comunicação é necessária para
a ação política autônoma e coletiva. Aqui a falta de comunicação não é
principalmente um problema de informação – por exemplo, se os camponeses
franceses liam jornal –, mas, na realidade, uma questão de tipo de contato e
intercâmbio que permitem a formação de uma subjetividade política. O
contraexemplo na mente de Marx, naturalmente, é o proletariado urbano que se
junta não apenas na cidade, mas em torno das máquinas nas fábricas,
participando assim de um conjunto de processos de produção de subjetividade
através da comunicação corporal e intelectual.
Esta distribuição
comunicativa, que tem tantas implicações políticas, é crucial nas modernas
concepções do rural e do urbano, e nas teorias das metrópoles. Está claro que
hoje esta divisão já não se sustenta. O tipo de comunicação requerido para a
ação política coletiva existe atualmente tanto nos espaços urbanos como nos
rurais. De fato, ao final do século XX no contexto das lutas camponesas
generalizadas – na América Latina, no sudeste da Ásia, e em outras partes do mundo
– parece muitas vezes que os espaços rurais tiveram prioridade neste sentido, e
os territórios urbanos parecem, às vezes, desertos.
Portanto, abordaria tua
pergunta sobre as cidades pós-socialistas com este critério. Quais são as
possibilidades de comunicação e de produção coletiva de subjetividade? Nestes
espaços urbanos desertos, os indivíduos estão isolados ou existem circuitos
culturais, sociais e políticos articulados através do território urbano em
redes comunicativas? Esta vem a ser, realmente, uma pergunta existencial muito
direta: quando se vive em uma ou outra cidade, aumenta o poder de agir e pensar
ou se sente mais ignorante e inconsciente? Infelizmente, não conheço estas
cidades, mas estou certo de que vocês, ou qualquer outro que vive nelas,
poderia responder.
Em Commonwealth vocês tiveram que fazer frente a importantes críticas,
respondendo aos ataques de diferentes e conhecidos teóricos (também na
Polônia), tais como: Slavoj Zizek, Alain Badiou e Ernesto Laclau. Poderia
mencionar que intelectuais, segundo a opinião de vocês, compreendem hoje o
atual estado de coisas, e cujos livros podem ser úteis nos processos de
organização e lutas da multidão? Ao perguntar isto pensamos em algo muito mais
geral – a questão do papel dos intelectuais na produção do conhecimento para
uso do movimento e suporte prático-teórico para os trabalhos da revolução. Como
vocês estendem a relação entre teoria e prática? É ainda razoável
distingui-las?
Os filósofos que você
menciona – Zizek, Badiou e Laclau – são bons pontos de partida, e acrescentaria
também a Judith Butler, Jacques Rancière e muitos outros.
Penso, no entanto, como
sua pergunta sugere, que não se deveria confiar nos intelectuais para prover-se
de um guia teórico para a prática revolucionária. A divisão não está em que os
intelectuais façam teoria e os militantes prática – ou, inclusive, menos, que
os intelectuais guiem os estudantes. Alguns dos mais importantes
desenvolvimentos conceituais e teóricos atuais foram construídos coletivamente
pelos movimentos sociais. Os Indignados, Occupy
e outros acampamentos iniciados em 2011 são os autores não apenas de
importantes experiências políticas, mas também conceituais e teóricas. Dito
isto, não me refiro simplesmente a inverter a relação tradicional e dizer que
os ativistas devem liderar os intelectuais. Diria que há diferentes registros
de teorização que vão das universidades às ruas, e que ambos são importantes.
O que precisamos
descobrir, me parece, são os acordos de co-pesquisa nos quais os intelectuais e
ativistas criam os meios para trabalhar juntos e comunicar-se continuamente a
partir de um registro de produção teórica a outro. Não é necessário para isso
que os acadêmicos desçam às ruas e que os ativistas subam às universidades –
embora isso não seja uma má ideia. O essencial é que haja meios de comunicação
e tradução entre os tipos de teorização produzidos nas universidades e aqueles
realizados nos movimentos. A co-pesquisa depende da comunicação e da
circulação.
De acordo com o que
vocês escrevem em Declaration, os
movimentos mais importantes de 2011 têm suas raízes no comum. Eles não se
beneficiam de novas técnicas comunicativas e experimentam formas inovadoras
mais inclusivas de participação política, mas também lutas para libertar o
comum, tanto da propriedade privada como do controle estatal (ou para dizê-lo
em termos gerais, do controle público). Esta parece ser a tese final de vocês
em Império: que os movimentos altermundistas não eram capazes de se comunicar
entre si. Agora, tanto Negri como você estão tentando diferenciar entre o ciclo
altermundista de lutas e o ciclo inaugurado no último ano. Poderia assinalar os
aspectos mais importantes desta diferença? O presente ciclo de lutas é capaz de
conseguir “o impossível” (ao menos para o ciclo anterior): criar as
instituições do comum?
Quando destacamos a
“incomunicabilidade” das lutas em Império, o movimento altermundista ainda não
havia emergido. Terminamos o livro antes dos protestos contra a OMC em Seattle,
em 1999. Em seu lugar estávamos pensando nas intensas lutas antineoliberais dos
anos 90, como a revolta de Tiananmen, a rebelião zapatista no México, nas
revoltas anti-FMI na Venezuela e na Jamaica, etc. Durante os anos do movimento
altermundista – de Seattle em 1999 a Gênova em 2001 – houve uma intensa
comunicação entre os movimentos em cada cúpula e também em outros contextos,
como o Fórum Social Mundial. E houve uma comunicação inclusive maior e mais
significativa entre os acampamentos e ocupações que começaram em 2011.
Em todos estes
exemplos, contudo, uma característica fundamental que temos que compreender é a
profunda descontinuidade dos movimentos. Existe tanto uma descontinuidade
temporal (os movimentos surgem em um cenário e parecem desaparecer poucos meses
depois), como espacial (os desejos e práticas parecem saltar de um lugar a
outro, de Cairo a Madri, de Atenas a Nova York). Como podemos compreender esta
descontinuidade e, mais importante, como podemos trabalhá-la politicamente?
Uma resposta, que penso
em parte ser correta, é reconhecer que sob esta aparente descontinuidade há
algo mais profundo, uma continuidade oculta dos movimentos, seus desejos e
práticas. A metáfora de Marx da toupeira é a imagem clássica desta continuidade
subterrânea. As lutas francesas do século XIX eram como que uma toupeira que
vinha à superfície por breves momentos – em 1789, 1830, 1848, e 1871 e assim
sucessivamente –, mas está trabalhando e avançando subterraneamente. É uma bela
metáfora para capturar a continuidade oculta, embora deva que admitir que a imagem
naturalista de uma toupeira trabalhadora não me pareça exatamente correta.
Diria que os movimentos revolucionários são antes como um carro acelerando na
noite com as luzes apagadas. Pode-se vê-lo brevemente sob um farol e então
desaparece na escuridão, aparecendo depois rua abaixo. Esta metáfora tem a
vantagem de dar um sentido do perigo e, inclusive às vezes, da precipitação do
processo revolucionário.
Penso que é importante,
em todo o caso, reconhecer estas continuidades ocultas em termos espaciotemporais.
O que aconteceu em Seattle em 1999 e depois desapareceu, por exemplo, produziu
muito mais avanços sobre Wall Street em 2011, e o que se conseguiu na Tunísia e
no Cairo no começo de 2011 reapareceu mais tarde em Madri e Atenas. Proclamar estas
continuidades não basta, mas é um bom começo.
Quando olhamos os
eventos de 2011, podemos chegar a uma conclusão bastante pessimista. Em quase
todos os confrontos com o poder e o capital, a multidão, ao menos por enquanto,
falha gravemente. Se nos fixamos nos governos pós-revolucionários na Tunísia,
Egito ou Líbia, ou consideramos os acontecimentos após a Marcha a Bruxelas dos
Indignados, a desintegração das assembleias do Zuccotti Park ou as
consequências da massiva manifestação em Israel. Neste contexto, muitas das
críticas sustentam que a pressão política da multidão em todas as praças dos
países árabes foi suficiente para derrubar os ditadores, mas para consolidar as
conquistas das revoluções (ou melhor – das revoltas) faz-se necessário a tomada
de um controle democrático (na forma de conselhos operários) sobre os lugares
de produção, classicamente entendidos. Em Declaration
vocês ressaltam a diferença entre a velha esquerda (com sua nostalgia das
velhas formas de organização política) e os novos movimentos, como os
Indignados ou o Occupy. Vocês também
escrevem que os movimentos de 2011 criaram uma oportunidade para uma nova
esquerda. Vocês pensam que se fez um uso adequado desta oportunidade? Existem
pontes entre movimentos e formas organizativas da multidão e as formas
clássicas de organização do movimento operário (como conselhos operários com um
sistema de delgados) que permitam uma consolidação das conquistas das revoltas
nas instituições do comum?
A sua pergunta reflete
muito bem a limitação da minha resposta à questão anterior sobre a natureza
descontínua dos movimentos contemporâneos. Não basta dizer que a continuidade
dos movimentos está oculta ou subterrânea e que aparecerá em outro lugar ou
outra vez. Não basta dizer que o verdadeiro sucesso da Praça Tahrir pode ser
julgado não no Egito, mas em Madri ou em Wall Street. Ou mesmo dizer que talvez
sejamos derrotados agora, mas que dentro de 10 ou 20 anos venceremos.
Temos também que
construir novas formas políticas que consigam uma maior extensão e duração dos
movimentos aqui e agora. É um lugar comum dizer que os acampamentos de 2011
foram válidos para organizar uma praça com algumas centenas ou mesmo milhares
de participantes, mas não tiveram sucesso em transladar a vitória da praça para
uma nova sociedade duradoura, para uma forma alternativa de vida.
Portanto, em Declaration, Toni e eu nos centramos na
necessidade de iniciar um processo constituinte e, como você diz, criar
instituições do comum. Aqui, por “instituição” não entendemos uma estrutura
rígida ou burocrática, e por “constituição” não nos referimos a uma ordem fixa
e formal. Ao contrário, estamos interessados na criação de instituições
compostas de práticas e hábitos sociais repetidos, e a invenção de processos
constituintes que se propaguem e realizem associações sociais duradouras e
formas de vida. Os movimentos, em outras palavras, necessitam criar maiores
formas de continuidade.
Estas duas respostas à
questão da descontinuidade dos movimentos – uma insistindo em que existe uma continuidade
oculta e outra chamando à criação de instituições para estabelecer sua
continuidade – são muito diferentes, mas não contraditórias. De fato, diria que
o tipo de continuidade que já existe, a comunicação entre os movimentos através
do tempo e do espaço, é hoje a base necessária para qualquer projeto que
pretenda iniciar um processo constituinte e criar instituições do comum. Sem
esta base, estes projetos seriam inimagináveis.
N
o t a s:
(1) HARDT, M.; NEGRI, A. Commonwealth. El
proyecto de una revolución del común. Madrid: Akal, 2011.
(2)
HARDT, M.; NEGRI, A. Declaración.
Madrid: Akal, 2012.
(3)
http://www.marxists.org/espanol/m-e/cartas/m09-43.htm
(4) HARDT, M.; NEGRI, A. Império. Rio de Janeiro: Record,
2001.
(5) HARDT, M.; NEGRI, A. Multidão. Guerra e democracia na
era do Império. Rio de Janeiro: Record, 2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário