Tradução: Fernando de Vasconcelos Pinto
Roberta Marx Delson, nascida na
cidade de Nova York, recebeu o seu MA (Master of Arts, mestrado em Ciências
Humanas) e o seu PHD (Philosophy Doctor, doutorado) em Estudos
Latino-Americanos e História na Universidade de Colúmbia. Lecionou na
Universidade Estadual de Rutgers (em New Brunswick, estado de Nova Jersey) e na
Universidade de Princeton (em Nova Jersey), e tem trabalhado como consultora em
programas de estudos latino-americanos e também para o Serviço do Patrimônio
Histórico do Estado de Nova Jersey. Atualmente é lente da Academia da Marinha
Mercante dos Estados Unidos. Suas obras publicadas compreendem o presente
livro, cuja edição original em inglês, data de 1979, Readings on Caribbean History and Economics (Conferências sobre a
História e a Economia do Caribe,) (1980) e Industrialization
in Brazil: 1700-1830 (1991), esta em coautoria com John Dickenson, bem como
muitos artigos especializados. Presentemente está elaborando The Sword of Hunger: A Latin-American
History (A Espada da Fome: Uma História da América Latina), conjuntamente
com o eminente brasilianista Robert M. Levine.
A ARBORIZAÇÃO DAS CIDADES BRASILEIRAS NO FIM DA ERA COLONIAL.
No final da dominação pombalina
em 1777, com a adaptação bem-sucedida do modelo de planificação de vilas padronizado
a regiões geograficamente diferentes, os portugueses estavam aptos a voltar sua atenção para os aspectos paisagísticos do desenvolvimento urbano.
Descurados no início do século, na pressa de ordenar as ruas e regulamentar as
fachadas dos prédios, os jardins e a arborização agora começavam a ser
incorporados às composições urbanas. Como nos primeiros exemplos de
planejamento já examinados, esse novo cuidado urbano refletia as preferências europeias
da época pela arborização extensiva:
No século XVII, caracteristicamente, a maior parte dos hortos de recreio
situavam-se fora das cidades. Ainda não se empregavam árvores no planejamento
de ruas ou praças. Só no século XVIII ocorreu uma mudança. As novas ideias
foram aplicadas até mesmo nas chamadas vilas coloniais, como as povoações
militares fundadas por Maria Theresa,... e em Carouge, distrito de Genebra,
desenhado por Laurent Giardive em 1784. As cidades eram circundadas por aleias
duplas de árvores, e não mais por muralhas, e em alguns lugares as aleias
penetravam até o centro.1
No Brasil, os primeiros projetos
paisagísticos foram desenhados para postos avançados remotos e comunidades
indígenas. Como já foi visto, Casalvasco tinha praças orladas por alas de
árvores rigorosamente alinhadas, enquanto na comunidade indígena de Aldeia
Maria, em Goiás, a praça principal era ornamentada por uma cercadura de árvores
alinhadas e plantadas a intervalos regulares. Nesses exemplos, a arborização
realçava a natureza ordenada da composição urbana; árvores dispostas
ordenadamente davam a impressão de uniformidade. Concomitantemente, o toque da
arborização também tinha uma função ecológica, de acordo com as convicções
fisiocráticas dos intelectuais brasileiros do final do século XVIII, segundo as
quais a verdadeira fonte da riqueza de um país era a terra cuidadosamente
tratada.2 Assim sendo, a câmara de Sabará
determinou que todos os que possuíssem terras atravessadas por cursos de água
eram obrigados a plantar árvores de raízes profundas (como cedros e pinheiros)
nas suas margens a fim de impedir a erosão do solo. Pela mesma razão, a câmara
exigiu que no futuro as beiras das estradas fossem plantadas com fileiras de
árvores, que proporcionariam conforto e prazer
aos viajantes, bem como frutas para as pessoas com fome que se encontrassem nas
proximidades dessa vila mineira.3
Nessa mesma época, as cidades
costeiras tradicionais também estavam experimentando uma revivescência do verde.
Em vez dos primeiros jardins de recreio aristocráticos plantados em Vila Bela
para o desfrute exclusivo do governador (ver Figura 6), os administradores
portugueses agora procuraram oferecer espaço de recreação mais para o público
em geral. Esses parques não só constituiriam centros de recreio para os
habitantes da cidade como serviriam de cenários para jardins botânicos, onde se
pudesse levar a efeito a experimentação agronômica. O Horto Botânico de Belém,
organizado em 1781,4 foi criado para esse fim, assim como
os jardins botânicos de Salvador e do Rio de Janeiro.5
Porém foi no Rio de Janeiro que o
jardim público, projetado exclusivamente como passeio, alcançou o mais alto
requinte. Uma lenda popular carioca muito conhecida afirma que o vice-rei Luís
de Vasconcelos (1779-1790), ao passar, ouviu uma mocinha comentar que nos seus
devaneios ela havia imaginado a área pantanosa da orla da cidade transformada
num jardim magnífico.6 Talvez
motivado por essa inspiração oportuna ou, o que é mais provável, pela
compreensão mais racional de que o paul infestado de mosquitos representava uma
ameaça séria à saúde, o vice-rei ordenou a criação de um jardim de recreio no
local do pântano. O arquiteto Valentim Fonseca e Silva, que estudara em Lisboa
e voltara para o Brasil com uma inclinação pelo desenho europeu, foi quem
traçou a configuração excessivamente formal que o jardim teria; ele parecia-se
com uma perfeita miniatura dos jardins do Palácio de Versailles (perto de
Paris), com as mesmas alamedas longas e canteiros simétricos.7 Esse desenho de inspiração francesa
do Passeio Público durou até o meado do século XIX, quando foi substituído pelo
estilo em voga do jardim inglês de
forma livre.8
Entretanto, nas cidades mais
antigas, o espírito reformista foi além das mudanças consagradas no paisagismo.
Por exemplo, em Salvador, cidadãos de mentalidade progressista defendiam a
necessidade de uma zona portuária mais limpa. Como observara o bem informado
escritor José da Silva Lisboa, a Cidade Baixa era densamente povoada, e as
ruas estreitas e escuras tornavam-na ainda mais desagradáve1.9 Os atracadouros
deteriorados da orla da Cidade Baixa contribuíam para o quadro geral de
desmazelo. Para remediar essa situação lamentável, a câmara resolveu, com o
apoio dos comerciantes do local, reconstruir a zona portuária, com um sistema
de cais, rampas de estaleiros e novos prédios comerciais cuidadosamente
regulamentados. Essa benfeitoria pública deveria ser custeada por taxações, por
volume, sobre as mercadorias que transitassem pelo porto.10 Em seguida a
essa proposta inicial, foram desenhadas plantas que mostravam a localização de
um paredão de contenção em todo o contorno da Cidade Baixa. A finalidade
explícita desse paredão era estabelecer uma barreira protetora, para evitar a
queda de entulho no bairro da Cidade Baixa.11
Entretanto, o verdadeiro móvel
dessa providência era o desejo oculto de conter o crescimento da Baixa e,
assim, evitar a contaminação gradativa da Cidade Alta, mais elitista, pela
expansão da favela da Cidade Baixa.
Outra preocupação das autoridades
da cidade era a aparência geral das ruas da cidade. Embora Salvador não fosse
mais a capital do Brasil,12 ainda era uma metrópole importante, com um
potencial de crescimento notável. Reconhecendo esse fato, os próceres da cidade
resolveram que daí em diante as construções em Salvador teriam de se ajustar às
noções de ordem e regularidade (a essa altura corriqueiras no interior) para
emprestar à cidade um aspecto de sofisticação. Nessas condições, em 1785 a Câmara
elaborou um novo código de construção para a cidade, em conformidade com as
recomendações dos fiscais da prefeitura. O historiador Robert C. Smith qualificou
essas normas precisas de construção como da
maior importância para a história da arquitetura colonial no Brasil.13 O
novo código continha regulamentações (já em largo uso no sertão) sobre as
alturas dos prédios, as proporções aceitáveis para janelas e portas, bem como
limitações insólitas sobre o uso de sacadas em pisos no nível das ruas. Daí em
diante prestar-se-ia atenção ao alinhamento da rua, e o descumprimento dos
no-vos regulamentos seria punido com a prisão e multas severas.14
O Rio de Janeiro não ficou muito
atrás de Salvador na adoção de códigos de construção. Acresce que a Aula de
Fortificação, recém-reformada, estava produzindo um fluxo constante de
diplomados, amplamente capacitados a empreender a tarefa. Em 1792 o Conde de
Resende determinou que todos os alunos da academia militar deveriam estudar
arquitetura civil no sexto ano do curso; eles estudariam carpintaria e cantaria
e a arte da ornamentação, bem como os métodos de construção preferidos. Já que
se esperava que eles contribuíssem com o seu conhecimento em importantes
projetos de obras públicas, esses futuros engenheiros seriam instruídos na arte
da construção de pontes e canais, assim como em construção e pavimentação de
estradas.15 Assim, esses técnicos bem preparados
poderiam ser convocados em qualquer situação que requeresse os seus
conhecimentos, como a construção de casas na cidade vizinha de Niterói, em
terras pantanosas recuperadas.16
Até a provinciana São Paulo foi
contagiada pelo espírito da reforma urbana. Tomando as diretrizes do governador
Luís Antônio de Souza como roteiro, os administradores da cidade agora
trabalhavam para corrigir os equívocos urbanos anteriores. O alvo principal de
benfeitorias era o espaçamento irregular das ruas, que tinham desafiado o realinhamento
repetidas vezes. Em 1792 o aspecto futuro de São Paulo havia sido mapeado no
chamado Plano Topographico, um plano
diretor em que se prescrevia o alinhamento para novas zonas da cidade. Todavia,
essas disposições não foram executadas senão em 1808, e o velho centro da
cidade, praticamente inalterado, continuou a dificultar as comunicações. Em
1809 uma legislação real exigiu o plantio de árvores nos primeiros jardins
públicos da municipalidade, na vaga esperança de que a arborização de certo
modo camuflasse e compensasse as deficiências flagrantes nas zonas mais antigas
e não planificadas da capital bandeirante?17
Como se vê, no resto do século
XVIII o destaque à retilineidade e à regularização conti-nuou, agora
estendendo-se aos centros urbanos mais antigos. Essa mudança de pólo geográfico
do urbanismo moderno foi acompanhada por um aumento do número de povoações
promovidas a vila principalmente nas capitanias litorâneas. Com efeito, nas
décadas de 1780 e 1790, pelo menos 23 comunidades18 foram elevadas
à categoria de vila, das quais 16 se concentravam no eixo entre a Bahia e São
Paulo. É certo que a maioria dessas vilas foram criadas a partir de povoações
já existentes, porém nos casos em que as aglomerações se originaram do nada
(inclusive as aldeias indígenas), elas tenderam a ajustar-se às novas normas
urbanas.19
Em contrapartida, as regiões que
haviam figurado tão destacadamente nos planos urbanísticos das décadas
anteriores agora assistiam a um decréscimo de atividade simétrico. Nas décadas
de 1780 e 1790, apenas duas novas vilas foram criadas oficialmente no Norte,
enquanto no Centro e no Oeste sabe-se que absolutamente nenhuma povoação foi
promovida a vila nesse mesmo período.20
Evidentemente as autoridades da
Coroa estavam percebendo que agora não era necessário criar tantas vilas
oficiais no interior como dantes. Em termos puramente econômicos, essa mudança
justificava-se pelo enorme declínio da renda produzida por essas regiões.
De 1788 a 1798, a decadência da situação econômica tanto do Pará como de
Mato Grosso acarretou um decréscimo no comércio, ao ponto de as autoridades
temerem que a estagnação total fosse iminente.21
Da mesma forma, a dissolução
simultânea das companhias comerciais do Grão Pará e do Maranhão precederam uma
contração econômica geral nas capitanias do Norte.
Havia chegado o tempo de reduzir
os custos, e isso era mais evidente ao longo da via comercial fluvial Guaporé--Madeira
que em qualquer outro lugar. Embora a construção não cessasse por completo, os
administradores agora mostravam menos preocupação com a uniformidade das
fachadas que dantes. Por exemplo, um memorandum de 1797, em que se requeria a
criação de mais uma comunidade no Salto da Cachoeira, fez referência aos gastos
feitos pelos portugueses na construção de São José de Macapá e outras
comunidades povoadas por colonos açorianos. O autor do memorandum, o
engenheiro e sargento-mor Ricardo Franco de Almeida Serra, indicou que uma
maneira de reduzir os custos no Salto seria manter um traçado urbano ordenado,
mas eliminar as exigências estilísticas quanto às habitações.22 O governador Souza Coutinho aceitou a sugestão
do seu engenheiro e decidiu que os habitantes da nova comunidade podiam
construir suas casas conforme seus meios
e seus caprichos.23 Desse
modo, o Tesouro Real arcaria apenas com o dispêndio de transportar imigrantes
para a nova colônia e construir a igreja e o hospital público. Diferentemente
do procedimento adotado nos primeiros planos de colonização com açorianos, o
governo agora assumiria a responsabilidade apenas de fornecer instrumentos aos
colonos, em vez de dotar cada família de uma unidade residencial padronizada.
Fig. 26 Planta básica de Linhares, no Espirito Santo, 1819
Mesmo em Portugal, os
administradores do final do século XVIII reconheciam que a uniformidade, embora
a seu ver estilisticamente preferível, muitas vezes era financeiramente
onerosa. Assim sendo, em 1805 as autoridades de Lisboa resolveram que
nas ruas e praças principais da cidade, o aspecto geral já aprovado e
estabelecido para a sua construção será observado, e nas demais [os habitantes]
terão permissão para introduzir as inovações e variações no aspecto que sejam
mais apropriadas ao gosto, conforto e disponibilidade de capital de cada um dos
que constroem esses [prédios].24
Por fim, nas áreas do Brasil
consideradas urbanisticamente inviáveis, a Coroa poderia, como último recurso,
passar contratos a particulares para fundarem as suas próprias comunidades. Na
realidade esse mecanismo havia existido já em 1686, quando se concedeu a
colonos o direito de estabelecerem aldeias indígenas. Entretanto, uma
legislação posterior tornou quase impossível particulares administrarem esses
estabelecimentos; paralelamente ao enorme dispêndio que um empreendimento dessa
natureza requereria, essa legislação restringia a sua prática.25 Mesmo assim, alguns empreendedores, sempre
ávidos pela mão-de-obra indígena, tentaram fundar comunidades desse tipo,
apesar dos riscos financeiros certos. Por exemplo, em 1768 Manuel da Rocha
Pereira encaminhou um requerimento ao governo pedindo permissão para
estabelecer uma aglomeração para os pobres na capitania do Rio de Janeiro. Ele
explicou que essa povoação não precisava ser sofisticada; as casas poderiam ser
cobertas com sapé, em vez de telhas, que seria o preferível, e os habitantes
poderiam manter-se através da agricultura e da pesca. Consoante esse
colonizador altruísta, o objetivo era desviar
muitas almas do inferno; quanto ao seu interesse pessoal no empreendimento,
nenhuma menção é feita.26
Alguns pretendentes à construção
de vilas submeteram as plantas das suas povoações à aprovação do governo. Uma
das mais inusitadas foi o desenho da futura vila agrícola de Jesus Maria, na
capitania de São Paulo. Para essa comunidade, o projetista ideou uma
configuração concêntrica; ruas circulares de casas alternavam-se com faixas de
pomares e plantas decorativas, enquanto o centro do círculo foi reservado para
a igreja.27 Todavia, esse
projeto surpreendente não é tão original quanto parece à primeira vista.
Plantas de aldeias indígenas maranhenses do final do século XVII apresentam uma
semelhança notável na disposição das casas e na arborização com o desenho da
vila de Jesus Maria de 1780,28 e,
como observou Aroldo Azevedo, muitas comunidades indígenas autóctones do Brasil
eram cercadas por estacadas circulares.29
Não obstante esses afastamentos
ocasionais do modelo regulamentar, ditados por razões financeiras, a
preferência pela retilineidade e pelo equilíbrio simétrico permaneceu constante
em todo o final do século XVIII. Esses conceitos tiveram aceitação nas zonas
costeiras nas décadas de 1780 e 1790, quando um grande número de vilas
planejadas apareceram na paisagem. Por exemplo, a pequena comunidade de
Linhares, no Espírito Santo (Figura 26), tem um traçado em malha ortogonal que
não difere do das cidades interioranas do meado do século XVIII.30
Com a Independência do Brasil em 1822, o Império deu seguimento às
preferências estilísticas do Brasil barroco, declarando que o crescimento
urbano padronizado era não só desejável como verdadeiramente obrigatório.
Assim, a Lei de Organização Municipal, de 1828, que estatuiu as diretrizes para
o crescimento urbano no País no século XIX, continha instruções precisas para
as prefeituras no que se referia à configuração urbana. As câmaras municipais
deveriam não só zelar diligentemente pela conservação e pela aparência das suas
respectivas cidades, mas também. procurar conseguir, o tempo todo, a elegância e a regularidade exterior dos
prédios e ruas.31
N o t a s :
(1) E. A. Gutkind, The Twilight of Cities (The Free Press,
Nova York, 1962), p. 38.
(2) Entre os incentivadores das ideias fisiocráticas de
maximização da produtividade da terra no Brasil no final do século XVIII
figuram José Vieira Couto e José de Sá Bittencourt. E. Bradford Burns, em A History of Brazil, pp. 95-96, analisa
a influência do pensamento fisiocrata no Brasil.
(3) Posturas da Câmara Municipal de Sabará, artigos 102 e 103,
sem data. Esse código foi transcrito em Augusto Lima, As Primeiras Vilas do ouro (Belo Horizonte, 1962)
.
(4) Ver Rocha Penteado, op. cit., vol. 1, p. 111.
(5) O Jardim Botânico do Rio foi construído por imposição do
príncipe regente Dom João VI, depois da transmigração da família real para o
Brasil em 1808.
(6) Essa lenda é apreciada em Brasil Gérson, História das Ruas do Rio de Janeiro (Editora Souza, Rio de Janeiro,
3 edição, sem data), pp. 230-231.
(7) Planta do Passeio por volta de 1850, constante em José
Mariano, O Passeio Público do Rio de
Janeiro, 1779-1783 (C. Mendes Júnior, Rio de Janeiro, 1943).
(8) Planta do Passeio Público depois da reforma radical realizada
por Glaziou (1862), ibidem.
(9) Carta de José da Silva Lisboa ao Dr. Domingo Vandelli,
diretor do Real Jardim Botânico de Lisboa, da Bahia, 18 de outubro de 1781.
AHU-CA, Bahia, 10.907.
(10) O governador Manuel da Cunha Menezes apoiou esse
projeto. Ver mapa do ...Prospecto da. Obra que pretendem fazer os Negociantes
da Cidade da Bahia, aproximadamente 1776. AHU-Iria, nº 183.
(11) Projecto do novo paredão para conter o impurrão das
terras que ameasão queda sobre toda a extensão baixa", aproximadamente
1786. AHU-Iria, n2 186
(12) A capital foi transferida para o Rio de Janeiro em 1763.
(13) Robert C. Smith, "Documentos Baianos", RSPHAN,
vol. IX, p. 94.
(14) As ordens completas, datadas de 15 de novembro de 1785,
encontram-se ibidem, pp. 95-96. Em 1809 o uso de venezianas mouriscas foi
totalmente proibido, que he propio para o
me-lhoramento e elegancia não só em particular, da erecção dos Edifficios, mas
em geral dos prospectos, simetria e ordem regular, das praças e Ruas...",
in Robert C. Smith, op. cit., p. 99. Uma análise do plano de realinhamento de
1785-1786 pode ser encontrada em Affonso Ruy, História Política e Administrativa da Cidade de Salvador
(Tipografia Beneditina Ltda., Bahia, 1949), p. 318.
(15) Estatutos da Real
Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho da Cidade do Rio de Janeiro,
de 17 de dezembro de 1792, Conde de Resende, BNRJ, 1-32-13-27.
(16) Niterói, denominada Praia Grande, situada defronte ao
Rio de Janeiro, do outro lado da baía de Guanabara, foi projetada no começo da
década de 1820.
(17) Ver Gilberto Leite de Barros, A Cidade e o Planalto:
Processo de Dominância da Cidade de São Paulo (Livraria Martins, São Paulo,
1967), vol. I, pp. 223-225.
(18) Aroldo Azevedo, Vilas
e Cidades, pp. 37-45.
(19) A malha ortogonal é evidente na "Planta da freguezia de
São Fidelis", sem data, BNRJ-SI, Arq. 4-6-10. São Fidélis, na capitania do
Rio de Janeiro, foi edificada nos anos 1780.
(20) Aroldo Azevedo, op. cit., p. 37.
(21) David M. Davidson, Rivers and
Empire, p. 204.
(22) Ricardo Franco de Almeida Serra, "Discurso sobre a
urgente necessidade de uma povoação na cachoeira do Salto do Rio Madeira...,
1797", reproduzido em O Patriota, n2 2 (março-abril de 1814), pp. 5-6.
(23) Rodrigo de Sousa Coutinho, "Memória sobre communicações
fluviais do Pará com Mato Grosso", Pará, 4 de agosto de 1797. AHI, Lata
288, Maço 8, Pasta 9. Apensa a esse documento, há uma estimativa do custo total
do estabelecimento de colonos na nova comunidade; esse montante, acrescido dos
salários dos engenheiros, ascende a 41.637 réis. Pará, 7 de fevereiro de 1799.
(24) Delgado da Silva, op. cit., Supplemento 1791-1820, p. 318.
Essa ordem foi expedida em 23 de novembro de 1805.
(25) Para obter informações sobre o emprego da mão-de-obra
indígena por particulares, ver Colin M. MacLachlan, op. cit., pp. 203-206.
(26) Carta de Manuel da Rocha Pereira à Coroa, de 12 de abril de
1769. BA, 54-XIII-4, doc. 24- 24v.
(27) Planta para a nova comunidade de Jesus Maria, traçada por
Manuel Borges Netto Pimentel, 24 de agosto de 1780. BA, 54-XIII-16, fl. 12.
(28) Por exemplo a planta dos índios Barbados, sem data, no final
do século XVII, no Maranhão AGU Iria nº 66.
(29) Ver Aroldo Azevedo, "Embriões Por exemplo, a
"Planta da aldea dos Indios Barbados", sem data, do final do século
XVII, Maranhão. AHU-Iria, n2 66. de cidades brasileiras", in Boletim
Paulista de Geografia n2 25 (março de 1957), p. 40.
(30) "Prospecto da povoação de Linhares, anno de 1819",
BNRJ-SI, Arq. 30, desenhos, doc. ic.
(31) "Título III — Posturas públicas"
da lei de 12 de outubro de 1828, que definiu as responsa-bilidades municipais.
Essas diretrizes estão contidas nos artigos 66 e 71, 12 de outubro de 1828.
CLB, 1828.
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