terça-feira, 26 de agosto de 2014

LAGOA DA PAMPULHA : "UM PATRIMÔNIO EM RISCO DE EXTINÇÃO"

Por : Pettersen Filho
Obra de Intervenção Humana, talvez uma das mais belas do Planeta, demonstrando o quanto o Binômio “Homem & Natureza” podem harmonizar-se em simbiose perpetua, a Lagoa da Pampulha consiste-se em um Lago, Represa, localizado na Zona Norte do Município de Belo Horizonte/MG, com cerca de 18 quilômetros de perímetro, em plena Zona Urbana da Cidade, cercado por um Conjunto Arquitetônico singular, de fazer inveja a própria Brasília/DF, igualmente concebida por seu Genitor, o Arquiteto Oscar Niemayer, realização impar, finalizada em 1943, na Administração Juscelino Kubscheck, destacando-se entre os “Monumentos”  que a rodeiam, a Igrejinha de São Francisco, Obra de Arquitetura Moderna Curvilínea, Revolucionária, à sua época, com Pinturas de Cândido Portinari e Jardins de Burle Marx...

 
Dano causado por lagartas de Brassolis, mostrando em
detalhe o casulo das lagartas.
 
Igualmente Monumentais, nas Margens da Lagoa encontram-se o MAP – Museu de Arte da Pampulha, cuja Marquise ostenta, de forma dissimulada, ao tempo da sua Construção, símbolo proibidíssimo, a “Foice e o Martelo” (Genialidade de Niemayer, Comunista de Carteirinha), o Mineirão, o Mineirinho, o Jardim Botânico,Zoológico, enfim, toda uma seara de Intervenções Humanas, aliadas a uma Natureza invocativa local, em que a Lagoa, embora alimentada por alguns córregos e ribeirões, como o Vilarinho, recebendo Esgoto Sanitário da Região, vem sendo objeto de tratamento e despoluição, problema maior, por que se debruça a AdministraçãoMunicipal, atenta à conseguir o tombamento do Complexo como “Patrimônio da Humanidade”, Título que, penso, é merecido, cujas principais testemunhas vivas, podemos citar, Jacarés (do comprimento de um Carro Popular) e Famílias Inteiras de Capivaras, que pastam ao redor do Lago, demonstrando o quanto a Naturezapode ser resistente, e teimar em sobreviver...

Salpicada, no entanto, de Palmeiras Imperiais, árvores centenárias, que podem alcançar 20/30 metros de altura, desde a Avenida Antônio Carlos, nas Margens do Lago, e nas diversas Alamedas que compõem a dita “Região da Pampulha”, que envolve bairros tradicionais, desde o Jaraguá, Santa Branca, Santa Amélia e Garças, dentre outros, Perigo incomum, em aras urbanas, como uma ameaça invisível, contudo, ultimamente ronda o Complexo, consistindo-se numa Infestação de Lagartas (Nome Cientifico:Brassolis sophorae e Brassolis astyra), estáio inicial de uma espécie de Mariposa/Borboleta, de hábito noturno, dai a dificuldade da sua constatação, que vem depositando seus ovos nas folhas das PalmeirasImperiais, que, assim que eclodem, dão inicio a uma verdadeira Praga, aos milhares, que vem consumindo, completamente, as folhas das árvores, levando ao aniquilamento, fileiras inteiras de Palmeiras Imperiais, sem escolher espécime ou tamanho.

Ora, quase, “Cemitério à Céu Aberto”, em meio aos que fazem caminhada, ao redor do Lago, ou por entre os carros que progridem velozmente pela Avenida Antônio Carlos, os Transeuntes mais atentos, podem, vez ou outra, observar que a infestação é tamanha, que, nas calçadas, é normal encontrar lagartas desalojadas, que caem das árvores, completamente consumidas, desnudas, algumas, até ao extermínio total.
Fato de fazer pena, ao que constatamos, não há na Administração Municipal, Autoridade alguma tratando do problema...

“Pampulha, Verde, Pampulha, que um dia já ti vi Verde..”

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